sábado, 2 de agosto de 2014

Igreja na rua (Apocalipse 21.22)

Devocional de 02/08/2014.

"Não vi templo algum na cidade, pois o Senhor Deus todo-poderoso e o Cordeiro são o seu templo." (Apocalipse 21.22)

Glória a Deus! Concluo hoje a leitura diária de seis capítulos da Bíblia iniciada em 01/01/2014. E com esta reflexão encerro a série de devocionais diários relacionados a esta leitura. Vou fechar com chave de ouro para a honra do Autor da Bíblia, e para o desespero dos fariseus do nosso tempo.

Estou maravilhado com o que Deus fez em minha vida e na vida de muitas pessoas ao longo desses sete meses. Vou dar um tempinho nas publicações do blog a fim de me dedicar à minha campanha para deputado federal nesses próximos dois meses. Enquanto isto você pode rever as duzentas reflexões publicadas nos últimos meses e compartilhar. Fique à vontade!

A última reflexão desta série fala sobre o sonho de Deus em não ter templo para ser adorado. Que delícia! Chorem religiosos... É só mais esta vez! Por enquanto, hahaha...

Na semana em que se inaugura no Brasil uma "réplica do templo de Salomão", é com prazer que anuncio que a vontade do Senhor é que você o adore fora de qualquer templo.

"Não vi templo algum na cidade, pois o Senhor Deus todo-poderoso e o Cordeiro são o seu templo." (Apocalipse 21.22)

Enquanto impostores que se auto-intitulam pastores e apóstolos aumentam o patrimônio pessoal com propinas oriundas de dinheiro público pagas por políticos em campanha permanente, templos se enchem de gananciosos que buscam todas as coisas menos o Reino de Deus e por isso alimentam ainda mais o bolso desses impostores com seus dízimos e "ofertas de semeadura", no afã impetuoso de "comprar bênçãos" do Deus Abençoador. Sim, ainda vivemos neste século os mesmos problemas da idade média, pois somos um povo preguiçoso que não gosta de ler as Escrituras, muito menos de pensar nelas.

O pacto de silêncio feito pelos profetas-calados, que são as pessoas de bem que teimam em não confrontar o mal, permite que a Igreja da Tolerância se torne o Templo do Dinheiro, um lugar asqueroso onde Deus não encontra espaço. Assim também não há espaço para os pobres, os aflitos, os doentes e os contritos de coração.

Penso que a reza em latim da igreja romana gerava mais temor de Deus e arrependimento do que a "confissão positiva" da igreja da prosperidade. Edir Macedo fez milhares de discípulos e a maioria deles não está debaixo da liderança dele. O Templo de Salomão é somente a expressão maior daquilo que acontece em muitos lugares, onde construções tão suntuosas como as Arenas de Futebol que tanto criticamos são construídas ao mesmo tempo em que as pessoas da própria igreja continuam sofrendo sem dignidade, sem educação, sem saúde, sem segurança, sem mobilidade e sem moradia decentes.

Deus não nos deu um mandamento do tipo "Frequentai templos exuberantes", mas espera que amemos uns aos outros não apenas em palavras, mas em ação. Se o dinheiro que empenhamos para construir grandes catedrais for usado para libertar os viciados, conscientizar as prostitutas, abrigar os sem-teto, profissionalizar os sem-trabalho, alimentar os sem-comida, curar os sem-saúde e amar os sem-carinho, o Reino de Deus virá a nós.

Enquanto esta igreja dos grandes templos se acumular em "células de aliançados" na lealdade cega em torno de um super-ungido, e se reunir em shows animados de super-bandas que enfeitiçam platéias desavisadas, e hipnotizar carentes com discursos hipnóticos de auto-ajuda respaldadas por textos isolados da Bíblia, e acumular templos, lotes, aplicações financeiras e projetos de expansão do reino do homem com apoio de politiqueiros cafajestes, Deus não será adorado, Cristo não será exaltado e o Espírito não será derramado. Sem amor, tudo é só barulho sem sentido aos ouvidos de Deus.

De hoje em diante começarei a orar pela igreja na rua: sem templo, sem nome, sem dono, sem exclusão, sem lugar fixo, sem arrecadação de dinheiro para si mesma, conforme o sonho de Deus discorrido em toda a Bíblia e manifestado claramente em Apocalipse 21.22. Ore comigo por este projeto se puder! E deixe Deus conduzir tudo.

Graça e Paz!

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sexta-feira, 1 de agosto de 2014

O Cordeiro também é Leão (Apocalipse 11.17)

Devocional de 01/08/2014.

“Graças te damos, Senhor Deus todo-poderoso, que és e que eras, porque assumiste o teu grande poder e começaste a reinar." (Apocalipse 11.17)

O grande poder do Senhor Deus não esteve assumido em todo o tempo. Nem sempre Deus reinou. Talvez seja por isso que o mundo em visto tantas coisas ruins... 

Mas quando o nosso Senhor Jesus veio ele declarou: "É chegado o Reino de Deus!" e este novo tempo então chegou. Porém ao invés de promover uma transformação instantânea e imediata do planeta, ele preferiu fazer discípulos e comissioná-los a continuar trazendo à existência a gloria do Seu Reino através do Espirito Santo. Este é o mistério do Evangelho: Deus resolveu usar pessoas imperfeitas porém renovadas pelo Espirito para que através dessas pessoas o Reino do Senhor se estabelecesse.

O Reino de Deus vem através dos seus súditos. Isso é muito louco! Só o Rei dos reis poderia fazer algo assim... Enquanto muitos esperam a vinda do Reino de Deus como algo externo, independente da terra, mirabolante e catastrófico, Cristo nos mostra que não será assim (Lucas 17.21).

O Eterno assume o domínio e o poder sobre todas as coisas e começa a reinar quando os filhos de Deus assumem o papel que lhes foi dado sobre a terra e também reinam. O Reino de Deus não é em outra galáxia, outro universo, outro planeta... É sobre nós que ele quer reinar! É sobre a terra que Cristo manifestará sua vitória completa. É em Jerusalém que seu trono será estabelecido.

A escatologia escapista domina ainda um bom número de pregadores no Brasil. Uma quantidade três ou quatro vezes maior simplesmente se cala sobre o assunto - como em todas as coisas, é mais fácil ficar em cima do muro... E um pequeno grupo tem coragem de defender a escatologia do Reino de Deus sobre a terra, pois é através dela que a responsabilidade do homem se torna foco, por isso ela é questionada por alguns. Para crer nela, é preciso crer que Deus crê no homem.

Mas eu creio que Deus assume seu grande poder e começa a reinar quando o homem assume o seu lugar na criação e também no reino espiritual, também começando a reinar (Salmo 115.16 e Gênesis 1.26-28). Pois o Todo-Poderoso Deus é o mesmo que era, e também é o mesmo que há de vir. O Cordeiro também e Leão.

Graças te damos, Senhor Deus! Santo é o Senhor... O Nosso Deus reina!

Graça e Paz!

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quinta-feira, 31 de julho de 2014

Intolerância aos impostores (Apocalipse 2.2)

Devocional de 30/07/2014.

"Conheço as suas obras, o seu trabalho árduo e a sua perseverança. Sei que você não pode tolerar homens maus, que pôs à prova os que dizem ser apóstolos mas não são, e descobriu que eles eram impostores." (Apocalipse 2.2)

Mesmo diante de muitos textos clássicos nos primeiros capítulos de Apocalipse, o texto acima me chamou a atenção pela forma surpreendente com a qual o Espírito Santo elogia a igreja de Éfeso por uma virtude: a intolerância aos impostores.

Quem são os impostores? São os que dizem ser apóstolos mas não são. Em outras palavras: são os que dizem ser pastores mas não são, são os que dizem ser cristãos mas não são, os que dizem ser discípulos de Cristo mas não são, os que dizem amar o próximo mas não amam.

Os impostores são religiosos hipócritas, fariseus deste século, túmulos pintados exteriormente mas internamente fedidos. São nuvens que não chovem, árvores que não dão fruto, estrelas sem rumo, ondas que vão e vêm (Judas 1.12-13). Os impostores aglutinam multidões atrás de si, mas não levam ninguém à presença de Deus. Apenas transformam tolos em filhos do inferno duas vezes piores que eles mesmos (Mateus 23.15), fantasiando a piedade aparente, enfeitiçando platéias gananciosas.

Os impostores são os filhos que venderam a primogenitura, que trocaram sua índole por migalhas, que venderam sua honra e sua dignidade por um pouco de fama, poder ou estabilidade.

Já faz algum tempo que temos sido tolerantes demais... Engolimos desde políticos que caem de paraquedas em período eleitoral até "testemunhadores" que aparecem de supetão... desde músicos que encontram no "gospel" um segmento lucrativo até "pregadores" que não têm compromisso com a Palavra de onde escolhem suas palestras empolgantes... desde "pastores" que só cuidam de seus próprios interesses até "ovelhinhas" que não se importam em ouvir a mesma tolice repetidamente... desde "líderes" de ministério que só querem aparecer até grupos em "células" que estão "aliançados" unilateralmente apenas em benefício de uma "liderança".

A Igreja do Senhor está carente de pastores, profetas, servos, apologistas, mestres e defensores da fé. Muitas vezes, é proibido pensar na igreja. Muitas vezes, é proibido falar se o que você disser puder eventualmente afastar algumas pessoas - e principalmente alguns dízimos.

A tolerância faz a igreja de nosso tempo ser muito mais distante da vontade de Deus do que a igreja de Éfeso. Não somente perdemos o primeiro amor como também toleramos os impostores e os nicolaítas (conquistadores do povo), como nos dias em que esta carta foi escrita, quando casamentos "atravessados" eram suportados, dependendo de quem eram os envolvidos. Também não podemos ser elogiados pelo trabalho árduo ou pelas boas obras. Nossa situação é de fato crítica!

O pecado não tem sido mais combatido como deveria. Só é permitido bater se for "lá em cima", de modo generalizado, amplo e inofensivo ao "público" que banca o circo local. O termo "igreja" significa "assembléia", mas faz algum tempo que a igreja deixou de ser assembléia. A única opção para quem não concorda com algo é sair, e tentar se encaixar em outra igreja, depois em outra, e em outra... até ter a " bênção" de encontrar um lugar em que as pessoas estejam tão imbuídas pelo Espírito que não tenham tempo para a religião.

È preciso repensar e reorganizar muita coisa na igreja que amamos, cujo sangue do Senhor foi derramado por ela. As divisões que se dão por vaidade são alimentadas por omissões que se dão por conveniência. As perseguições que se dão por inveja são potencializadas pelo silêncio que se dá por medo. Mas o perfeito amor lança fora todo o medo, e o profeta se levanta por amor.

Levante-se, filho do homem, e profetize sobre o vale de ossos secos, que eles viverão!

Graça e Paz!

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quarta-feira, 30 de julho de 2014

Se confessarmos os nossos pecados (1 João 1.9)

Devocional de 30/07/2014.

"Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça." (1 João 1.9)

Medite nesta letra ao som de Claudio Franco, do Grupo Logos:

https://m.youtube.com/watch?v=Bzri_JGufFE

Nós somos pecadores, mas o Senhor é fiel e justo. Se confessarmos os nossos pecados e nos arrependermos deles, o perdão de Deus está à nossa disposição, e somos purificados de toda injustiça.

Mas do mesmo modo - também porque Deus é justo e fiel à sua Palavra - se nós não nos humilhamos diante do Senhor e não confessarmos arrependidos os nossos pecados, nós não somos perdoados e continuamos impuros.

Pecado é errar o alvo. E se o alvo é amar, pecado é não amar e não fazer o bem. 

Todos os dias deixamos de fazer coisas que  demonstrem nosso amor pelo próximo como Cristo nos amou, por isso pecamos todos os dias. Frequentemente deixamos de reconhecer isto e nos consideramos bons e justos, mas não somos. Precisamos nos arrepender, nos transformar, mudar! 
Temos que nos converter do nosso egoísmo e nos tornar semelhantes a Cristo Jesus. Temos que declarar a nossa incompetência e clamar ao Espírito de Deus para que venha e produza frutos de justiça através de nós.

Mas graças a Deus pela sua graça sublime, seu favor não merecido, seu perdão maravilhoso, sua misericórdia plena... O Senhor é bom! Sim! Ele nos perdoa. Ele nos purifica. Ele nos sara. Ele nos transforma!

Todos os dias o sol da justiça se levanta para nos falar da bondade do Senhor e nos alimentar da esperança da salvação. Todos os dias a paz do Senhor excede o nosso entendimento e derrama sobre nós uma nova unção de amor e perdão. Todos os dias somos presenteados com novas possibilidades, novos sonhos, novas oportunidades e novas realizações. O nosso Deus reina poderosamente sobre todas as coisas, e nos mostra quem somos nele.

Reconheça seus pecados, especialmente os de omissão, arrependa-se e confesse-os ao Senhor que é fiel e justo para perdoar e purificar você. Deus te abençoe.

Graça e paz!

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terça-feira, 29 de julho de 2014

Deus dá graça ao humilde (1 Pedro 5.5)


Devocional de 29/07/2014.

Da mesma forma jovens, sujeitem-se aos mais velhos. Sejam todos humildes uns para com os outros, porque "Deus se opõe aos orgulhosos, mas concede graça aos humildes".
(
1 Pedro 5.5)


Deus se opõe ao orgulhoso
Mas ao humilde concede graça
Só Ele é Todo-Poderoso
Tudo pra Ele é fumaça

Ele manda que sejamos
Humildes servos, sempre assim
Perto dele nós ficamos
Quando simples somos sim

É preciso abrir mão
Da soberba e da vaidade
Ajudar, estender a mão
Pra quem precisa de verdade

A si mesmo então negar
E sujeitar-se em amor
Isto, sim, é adorar
E exaltar Jesus Senhor

Graça e Paz!

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domingo, 27 de julho de 2014

Pecado é não fazer o bem (Tiago 4.17)

Devocional de 28/07/2014.

"Pensem nisto, pois: Quem sabe que deve fazer o bem e não o faz, comete pecado." (Tiago 4.17)


As pessoas costumam achar que pecado é fazer algo errado,e com isto deixam de entender o seu significado mais relevante. Pecado não é só praticar o mal. Pecado é não fazer o bem!

Acho que a origem dessa maneira de ver as coisas está relacionada à disposição da maioria dos mandamentos da antiga aliança no formato "negativo": "Não farás para ti nenhum ídolo", "Não matarás", "Não Adulterarás", "Não furtarás", etc. 

Quando a lei a ser seguida é "negativa", a desobediência a ela (pecado) se dá pela prática daquilo que não se deveria fazer. Ou seja, se o mandamento diz "Não matarás", ele é quebrado quando alguém comete o homicídio. Mas quando a lei a ser seguida é "positiva", ela não é desobedecida (pecado) pela prática de algo, mas sim pela omissão em relação àquilo que deveria ser feito. Isto é, se o mandamento diz "Honra teu pai e tua mãe", ele é contrariado quando o fiel deixa de honrar, ignora, fica omisso em relação aos seus pais.

Na Nova Aliança, Cristo e os apóstolos nos mostraram que toda a lei se resume em "Amar o próximo como a si mesmo", isto é, um mandamento "positivo". Portanto, o pecado agora é melhor definido como a não prática do bem do que como a prática do mal. E isso muda tudo!

Uma visão clara a respeito do pecado como omissão é o primeiro passo para nos tornar menos juízes e mais devedores uns dos outros. Por exemplo: Quem vê o viciado como "pecador" é juiz da pessoa que se droga, mas quem vê o omisso como "pecador" se torna comprometido e se vê "obrigado" a se envolver com a questão da dependência química na sua comunidade. O evangelho de Jesus tem muito mais a ver com a segunda postura do que com a primeira.

Portanto, a partir de hoje, passe a olhar o pecado como sinônimo de omissão contra a lei do amor ao outro. Faça isto e certamente você vai se aproximar de Deus com o coração muito mais quebrantado, com a certeza de que você mesmo é um pecador necessitado de mudança de atitude. Sua oração será muito mais parecida com a do publicano do que com a do fariseu (Lucas 18.9-14) e será aceita por Deus.

Graça e Paz!

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sábado, 26 de julho de 2014

O sacrifício que agrada a Deus (Hebreus 13.16)

Devocional de 27/07/2014.

"Não se esqueçam de fazer o bem e de repartir com os outros o que vocês têm, pois de tais sacrifícios Deus se agrada." (Hebreus 13.16)

A igreja dos nossos dias tem se esquecido de fazer o bem e de repartir com os outros o que tem. Os sacrifícios dos quais Deus se agrada têm sido substituídos por sacrifícios de tolos. O amor fraternal não tem sido constante, e nós não temos incentivado uns aos outros a praticar o amor e as boas obras (Hebreus 13.1  e 10.24).

O que aconteceu? Que leitura é esta que ama Hebreus 11 mas faz vista grossa para Hebreus 13? Não precisamos esperar o Devocional de amanhã em Tiago pra saber que a fé sem obras é morta. Infelizmente, não são poucos os que vivem uma religiosidade mórbida, onde a auto-profecia e a auto-ajuda substituem a solidariedade e a vida em comunhão.

Somos chamados a repartir o que temos. Talvez esteja nos faltando exatamente a principal riqueza e por isso é que não repartimos quase nada. Sem amor, a vida é vazia e sem sentido, mesmo que enfeitada de bens.

Deus continua aguardando sacrifícios de louvor, fruto de lábios que confessam o nome de Jesus. Não podemos ler Hebreus 13.15 sem continuar a leitura até Hebreus 13.16. Os frutos que Deus espera como resultado do nosso amor não são canções, mas ações!

Que a nossa atitude em relação às pessoas, principalmente as mais necessitadas, seja aroma suave para o Senhor. Que saibamos produzir o fruto do Espírito. Que amemos os presos como se estivéssemos presos com eles, e dos maltratados como se nós o fôssemos (Hebreus 13.3). 

Graça e Paz!

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