Devocional de 30/07/2014.
"Conheço as suas obras, o seu trabalho árduo e a sua perseverança. Sei que você não pode tolerar homens maus, que pôs à prova os que dizem ser apóstolos mas não são, e descobriu que eles eram impostores." (Apocalipse 2.2)
Mesmo diante de muitos textos clássicos nos primeiros capítulos de Apocalipse, o texto acima me chamou a atenção pela forma surpreendente com a qual o Espírito Santo elogia a igreja de Éfeso por uma virtude: a intolerância aos impostores.
Quem são os impostores? São os que dizem ser apóstolos mas não são. Em outras palavras: são os que dizem ser pastores mas não são, são os que dizem ser cristãos mas não são, os que dizem ser discípulos de Cristo mas não são, os que dizem amar o próximo mas não amam.
Os impostores são religiosos hipócritas, fariseus deste século, túmulos pintados exteriormente mas internamente fedidos. São nuvens que não chovem, árvores que não dão fruto, estrelas sem rumo, ondas que vão e vêm (Judas 1.12-13). Os impostores aglutinam multidões atrás de si, mas não levam ninguém à presença de Deus. Apenas transformam tolos em filhos do inferno duas vezes piores que eles mesmos (Mateus 23.15), fantasiando a piedade aparente, enfeitiçando platéias gananciosas.
Os impostores são os filhos que venderam a primogenitura, que trocaram sua índole por migalhas, que venderam sua honra e sua dignidade por um pouco de fama, poder ou estabilidade.
Já faz algum tempo que temos sido tolerantes demais... Engolimos desde políticos que caem de paraquedas em período eleitoral até "testemunhadores" que aparecem de supetão... desde músicos que encontram no "gospel" um segmento lucrativo até "pregadores" que não têm compromisso com a Palavra de onde escolhem suas palestras empolgantes... desde "pastores" que só cuidam de seus próprios interesses até "ovelhinhas" que não se importam em ouvir a mesma tolice repetidamente... desde "líderes" de ministério que só querem aparecer até grupos em "células" que estão "aliançados" unilateralmente apenas em benefício de uma "liderança".
A Igreja do Senhor está carente de pastores, profetas, servos, apologistas, mestres e defensores da fé. Muitas vezes, é proibido pensar na igreja. Muitas vezes, é proibido falar se o que você disser puder eventualmente afastar algumas pessoas - e principalmente alguns dízimos.
A tolerância faz a igreja de nosso tempo ser muito mais distante da vontade de Deus do que a igreja de Éfeso. Não somente perdemos o primeiro amor como também toleramos os impostores e os nicolaítas (conquistadores do povo), como nos dias em que esta carta foi escrita, quando casamentos "atravessados" eram suportados, dependendo de quem eram os envolvidos. Também não podemos ser elogiados pelo trabalho árduo ou pelas boas obras. Nossa situação é de fato crítica!
O pecado não tem sido mais combatido como deveria. Só é permitido bater se for "lá em cima", de modo generalizado, amplo e inofensivo ao "público" que banca o circo local. O termo "igreja" significa "assembléia", mas faz algum tempo que a igreja deixou de ser assembléia. A única opção para quem não concorda com algo é sair, e tentar se encaixar em outra igreja, depois em outra, e em outra... até ter a " bênção" de encontrar um lugar em que as pessoas estejam tão imbuídas pelo Espírito que não tenham tempo para a religião.
È preciso repensar e reorganizar muita coisa na igreja que amamos, cujo sangue do Senhor foi derramado por ela. As divisões que se dão por vaidade são alimentadas por omissões que se dão por conveniência. As perseguições que se dão por inveja são potencializadas pelo silêncio que se dá por medo. Mas o perfeito amor lança fora todo o medo, e o profeta se levanta por amor.
Levante-se, filho do homem, e profetize sobre o vale de ossos secos, que eles viverão!
Graça e Paz!
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Abcdefghijklmnopqrstuvwxyz
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