Devocional de 22/07/2014.
"Exortamos vocês, irmãos, a que advirtam os ociosos, confortem os desanimados, auxiliem os fracos, sejam pacientes para com todos." (1 Tessalonicenses 5.14)
Advirta, conforte, auxilie e seja paciente. Em um breve verso das Escrituras, somos exortados a exercer nosso amor ao próximo de quatro maneiras diferentes e muito especiais, conforme a situação.
1) Advertir os ociosos
Poucas vezes fazemos isto no Brasil, mas é preciso pegar firme com os insolentes preguiçosos, os insubmissos desordeiros (esta é a tradução completa da palavra listada acima como "ocioso"). Advertir os ociosos significa dar força a uma cultura de trabalho que precisa ser resgatada no Brasil. Consequentemente implica também em desconstruir uma contracultura tão disseminada em nosso país, na qual o "mais esperto" leva vantagem em tudo, recebe benefícios sem merecer e colhe sem plantar. No meio evangélico, o ocioso se considera um "abençoado" que tem um "deus" que faz tudo pra ele, e ele se dá bem, ganhando sem trabalhar e não é advertido como a Palavra de Deus nos ensina, ao contrário, é invejado pelos demais. Ah... Isso tem que mudar!
2) Confortar os desanimados
Diferentes dos ociosos, os desanimados são aqueles que perderam a capacidade de investir energia na vida devido a decepções e frustrações das mais diversas. A falta de confiança nas pessoas é compreensível e até recomendada, mas não pode se tornar motivo para a paralização. Os tímidos com pouco ânimo devem ser confortados, consolados e encorajados a agir por causa da visão maior do Reino de Deus, deixando de lado toda lamentação e auto-piedade. É preciso revigorar os decepcionados, mostrando-lhes a cruz que são chamados a carregar enquanto negam a si mesmos.
3) Auxiliar os fracos
Ninguém faz nada sozinho, mas alguns precisam de mais ajuda do que outros. Os fracos são aqueles que necessitam de suporte para que a fé permaneça, que carecem de sustento para se manterem de pé. Deus nos chama a auxiliá-los, não a criticá-los. A sabedoria está em conseguir diferenciá-los dos preguiçosos que devem ser advertidos e dos desanimados que devem ser consolados. Os fracos geralmente são pessoas com vulnerabilidades sociais, físicas ou mentais deficitárias a priori, e por isso devem ser suportadas com maior cuidado.
4) Ser paciente para com todos
Aqui entra a essência do amor ao próximo. A longanimidade não escolhe destinatário, mas é fruto do Espírito produzido na vida gerador do amor. Devemos ser pacientes para com todos, sempre, seja qual for a situação. Tanto os fracos e os desanimados quanto os preguiçosos devem ser ajudados, consolados e advertidos com toda a paciência. De nada adianta exortar, confortar ou auxiliar se esta ação não for recheada de amor e paciência. É preciso investir tempo nas pessoas para que elas melhorem. É preciso amar o imperfeito corrigindo sua imperfeição, combater o pecado sendo longânimo para com o pecador. Só quem se enxerga a si mesmo na condição de pecador que foi perdoado é capaz disto.
A Bíblia nos ensina a lidar com as pessoas de maneira sempre amável, paciente, bondosa, gentil, mansa e pacífica. A boa intenção para com o outro deve nos levar a olhar o outro buscando reconhecer suas necessidades sem julgá-las, mas ajudando-as a se tornarem pessoas melhores, seja pela exortação, pelo consolo ou pelo empurrão. Seja qual for a limitação identificada no outro, devemos compreender, amar e auxiliar, de modo que até mesmo uma palavra mais firme seja simplesmente uma forma de amor, como de um pai que educa um filho. Que o Espírito Santo nos capacite a amar sempre.
Graça e Paz!
blogdopastortulio.blogspot.com.br
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