"Cada um cuide, não somente dos seus interesses, mas também dos interesses dos outros." (Filipenses 2.4)
Cuidar do interesse coletivo. O Senhor nos chama a sair do padrão egoísta e alcançar um nível superior de atuação.
O que você está fazendo neste mundo? Que legado você vai deixar? Você tem apenas "sobrevivido" enquanto cuida de seus próprios próprios interesses ou tem feito algo mais pelo bem das outras pessoas?
As necessidades à nossa volta são inúmeras... E como há muitos anos, graças a Deus, saímos das ditaduras e já assumimos o poder e a responsabilidade pela organização das nossas cidades, estados e país, não podemos mais viver como se já não existissem organismos capacitados e responsáveis por promover justiça social, cuidar dos enfermos, educar as crianças, alimentar os pobres, hospedar os sem-teto, dar fluidez ao trânsito, dar segurança a todos, punir os infratores e garantir a preservação do meio ambiente. Pagamos impostos altíssimos e elegemos representantes para administrar nosso país através de leis bem estabelecidas e bem executadas. O poder de estabelecer e cumprir políticas públicas para o bem de todos - para atender aos interesses de todos - é nosso, do povo. E nós apenas delegamos temporariamente a elaboração das leis, a execução e a fiscalização a alguns representantes.
A cada 2 anos escolhemos representantes para administrar, legislar e fiscalizar a coisa pública. Nos anos bissextos elegemos representantes para os municípios, e nos anos pares não-bissextos escolhemos representantes para o Estado e para a nação. Infelizmente, o mau-uso da máquina política tem feito com que essas eleições sejam basicamente um referendo, onde para o legislativo políticos tradicionais se reelegem indefinidamente com renovação muito baixa, e para o executivo dois grupos de poder se enfrentam e se alternam (ou não) no poder, mudando apenas o nome de vez em quando. Mas a manutenção do poder na mão desses poucos grupos políticos tradicionais tem muito mais a ver com o poder econômico aplicado a milionárias campanhas eleitorais que fazem passar a sensação de que "todo mundo vai votar nesse cara, então eu também vou" do que propriamente uma expressão de concordância da população com as políticas públicas desenvolvidas e o atendimento às demandas do povo. A grande maioria das pessoas conserva a indiferença política, a raiva dos políticos, o orgulho tolo de não saber como a política funciona e a ignorância em relação às implicações do voto proporcional em determinado partido, de modo que os interesses do povo ficam cada vez mais ignorados em detrimento dos interesses oportunistas e egoístas de alguns.
Líderes comunitários se auto-consideram experts em política mas raramente educam a população a respeito do voto consciente, e focam suas manifestações na velha politicagem de barganhas e trocas de favores em prol de determinados candidatos, não importando a história e o projeto político desse candidato, e ignorando o fato de que podem estar pedindo voto para um candidato e cooperando para a eleição de outro candidato diferente que não tem nada a ver com o próprio candidato escolhido.
Por que isso acontece? Porque os líderes que deveriam primeiro aprender sobre política para depois ensinar o povo seguem cuidando de seus próprios interesses, e não do interesse de todos. Até mesmo em campanhas de implicação nacional, apóiam candidatos oportunistas que se recandidatam novamente para qualquer cargo a cada dois anos e dão apoio simplesmente por motivos muitas vezes pouco nobres. Apóiam "amigos" só porque são do bairro, ou então porque esses candidatos lhes prometeram (ou deram antecipadamente) algum favor pessoal, ou porque vão dar emprego a alguém da família, ou então porque representam o poder econômico e tradicional no qual todos vão votar e por isso têm mais chance de ganhar e consequentemente lhes retribuir novo apoio com verbas públicas canalizadas para seus "amigos" e apoiadores, sempre pensando nas eleições seguintes.
Por que isso acontece? Porque os líderes que deveriam primeiro aprender sobre política para depois ensinar o povo seguem cuidando de seus próprios interesses, e não do interesse de todos. Até mesmo em campanhas de implicação nacional, apóiam candidatos oportunistas que se recandidatam novamente para qualquer cargo a cada dois anos e dão apoio simplesmente por motivos muitas vezes pouco nobres. Apóiam "amigos" só porque são do bairro, ou então porque esses candidatos lhes prometeram (ou deram antecipadamente) algum favor pessoal, ou porque vão dar emprego a alguém da família, ou então porque representam o poder econômico e tradicional no qual todos vão votar e por isso têm mais chance de ganhar e consequentemente lhes retribuir novo apoio com verbas públicas canalizadas para seus "amigos" e apoiadores, sempre pensando nas eleições seguintes.
Onde está o amor ao necessitado? Onde está a luta pelos que sofrem? Onde está a conscientização da população a respeito das posições políticas? Onde estão as explicações ao povo a respeito de para onde está indo o voto a determinado candidato ao legislativo se ele for bem demais ou então se ele for mal?
Se por um lado os partidos brasileiros têm sido - em sua grande maioria - tão fisiológicos que os candidatos desses partidos constantemente declaram apoio a candidatos de coligações opostas, por outro lado falta à sociedade - especialmente aos que se consideram líderes - que eles busquem entender de seus candidatos o motivo pelo qual eles tão estranhente dobram com outros candidatos e partidos que pouco têm em comum.
Porque as tais "lideranças" não conversam sobre política ao invés de simplesmente "pré-estabelecer" apoio prévio costurado em gabinetes a favor de um ou outro candidato? Por que os órgãos de imprensa atuam focados somente nas candidaturas ao executivo ao invés de promover debates entre representantes de coligações e partidos? Por que os partidos e coligações, que são quem de fato vão receber os votos, não promovem o trabalho conjunto entre os membros do próprio partido ou coligação?
É porque mesmo na Política, que deveria ser a busca pelo atendimento dos interesses de todos, prevalece o individualismo e o interesse pessoal. E também porque os que se consideram líderes, que deveriam dar o exemplo e se portar de modo diferente nas eleições, transformam seus liderados em currais eleitorais, simplesmente "pedindo voto" para um candidato "amigo", ao invés de educar a comunidade em relação ao funcionamento da política no Brasil. Talvez esses " líderes" façam isso por ignorância mesmo, embora essa ignorância seja prepotentemente disfarçada de alto grau de experiência e conhecimento político. Talvez o problema maior seja falta de humildade. Mas em muitos casos é má-fé mesmo.
Que Deus tenha misericórdia de nós brasileiros e com seu imenso poder bendito derrame sobre todo o povo uma nova educação política e social. A tão aclamada "reforma política" precisa nascer primeiro nos corações dos brasileiros, e não nos escritórios dos políticos tradicionais. Somente assim os interesses individuais passarão a ser, aos poucos, substituídos pelo interesse coletivo, e assim faremos a vontade de Deus, conforme Filipenses 2.4.
Graça e Paz!
blogdopastortulio.blogspot.com.br
Poxa!Que texto esclarecedor, e objetivo, muito bem elaborado e exposto, gostei muito, vou compartilhar no face,graça e paz da parte de nosso Senhor Jesus Cristo!
ResponderExcluirFalta o amor e a humildade, por se aumentar a iniquidade, o amor de muitos têm se esfriado. Vivemos um período no mundo, em que falta o amor ao próximo.
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