segunda-feira, 28 de abril de 2014

O pobre que virou opressor (Provérbios 28.3)

Provérbios 28.3, devocional, frusração, esperança perdida, Brasil
Devocional de 28/04/2014.

"O pobre que se torna poderoso e oprime os pobres é como a tempestade súbita que destrói toda a plantação." (Provérbios 28.3)

Quem vive no campo sabe o que significa uma tempestade súbita que destrói toda a plantação. É difícil descrever a tristeza e a dor de se perder de repente um trabalho que levou meses e envolveu dezenas de pessoas. Não há palavras que possam consolar aqueles que passam por tal situação. Se a terra não é naturalmente boa ou se o clima não coopera e não há boa colheita, as pessoas conscientes dessa situação já buscaram outras soluções para a subsistência da comunidade. Mas a tempestade repentina que liquida a esperança e o investimento pessoal trazem frustração profunda.

A Bíblia traz à nossa mente essa tragédia para descrever o que significa a frustração da esperança perdida em um governante que trai suas origem humilde. O pobre que se torna poderoso, e lá chegando, gera mais opressão sobre os pobres, é como essa tempestade repentina citada acima. Se um governante que nunca foi pobre não promove a justiça social, a comunidade sofre, mas ela absorve a sua dor e vive sob a feliz esperança de transformação social futura. Porém, quando a opressão vem de um governante que um dia foi pobre e chegou ao poder prometendo mudanças profundas, não há consolo para aqueles que foram oprimidos por alguém em quem tanto confiaram.

Esta é a situação de nossa nação nos dias atuais. O filho de um casal de lavradores analfabetos do interior de Pernambuco, aos 7 anos de idade vendia laranja no cais do porto de Guarujá e andava quilômetros para buscar água no poço. Aos 12 anos trabalhava em uma tinturaria e foi engraxate. Ao trabalhar numa siderúrgica em São Paulo esmagou seu dedo mínimo em um torno mecânico, recebeu uma indenização e passou a sobreviver de "bicos". Foi admitido em uma grande metalúrgica de São Bernardo do Campo, filiou-se ao sindicato e ao alcançar a presidência deste destacou-se na liderança de grandes greves no ABC Paulista. Foi preso, cassado, processado e em 1980 fundou um partido político que uniu trabalhadores, intelectuais e católicos progressistas. Candidatou-se a governador de SP e foi derrotado. Depois foi eleito Deputado Federal, onde defendeu a reforma agrária, a estatização do sistema financeiro, a limitação do direito da propriedade privada, a redução da jornada de trabalho, o voto aos 16 anos e o aborto. Foi candidato derrotado à Presidência da República por três eleições seguidas, mas finalmente foi eleito em 2002, reeleito em 2006 e ainda garantiu sua sucessão em 2010, mas nesses 10 anos de governo, o "pobre" Luiz Inácio Lula da Silva só fez manter e ampliar as políticas paternalistas de preservação da miséria e do populismo "pão e circo", além de desprezar e debochar do único instrumento que poderia verdadeiramente trazer justiça social ao país: a Educação. 

Ao contrário de suas promessas de campanha, o governo Lula (e também o governo Dilma, que nada mais é do que uma continuação menos carismática do governo Lula) se caracteriza por:
- uma política econômica ultra-conservadora, cuja única ferramenta de combate à inflação é o aumento de juros - o que prejudica aqueles que não têm dinheiro, pois juros significam custo do dinheiro;
- uma política fiscal deficitária, com aumento de gastos pelo aparelhamento do Estado, aumento do número de ministérios, aumento do déficit da Previdência, explosão do endividamento interno e consequentemente com aumento de impostos - o que prejudica os trabalhadores, pois estes precisam trabalhar mais para bancar um Estado extremamente pesado;
- uma política eleitoral eficiente, baseada em criatividade populista, que se gaba de pagar a dívida externa mas esconde o endividamento interno; que exalta suas múltiplas alianças partidárias, mas que esconde os mensalões, a corrupção e o fatiamento de cargos e verbas; que alardeia a justiça social pela distribuição de renda, mas que esconde o caráter paternalista das bolsas concedidas, pois mantém os bolsistas eternamente escravos dos benefícios; que comemora o "pleno emprego", mas omite que metade da população economicamente ativa sequer procura emprego; que tem discurso nacionalista, mas faz investimentos elevadíssimos e completamente sem sentido em refinarias sucateadas no exterior e em portos e aeroportos para países comunistas; e que constrói estádios-teatro para a Copa da Fifa, mas não não constrói país em volta deles, pois não provê infra-estrutura, escolas, hospitais, mobilidade e segurança - mais uma vez os pobres são os maiores prejudicados, pois são ludibriados o tempo todo a atribuir tudo que é bom para o governo atual e tudo que é ruim para o governo anterior; 
- uma política irresponsável em relação ao meio ambiente, na qual os órgãos de controle e defesa não têm voz nem vez, conforme denunciado pela ex-ministra Marina Silva, que inconformada, deixou o governo e assumiu oposição a ele - onde os maiores prejudicados, mais uma vez, são os pobres do futuro, que não poderão se safar das calamidades.

Lula se tornou poderoso, e ainda que sejam apenas boatos as informações de que Lula e seu filho tenham se tornado bilionários, há fortes indícios de que, através do governo federal brasileiro e das grandes empreiteiras financiadas com dinheiro público, Lula se tornou provavelmente o maior financiador das ditaduras comunistas que mais matam e oprimem pessoas nas América Latina e na África. O "pobre" ex-sindicalista que se tornou poderoso e agora oprime os pobres livres através da ditadura do proletariado é também uma tempestade repentina que destrói a liberdade que foi tão dificilmente plantada no mundo durante a história dos povos. O "pobre" semi-analfabeto que se tornou o político mais influente da América do Sul e mesmo assim jamais tomou iniciativas para que os pobres de entendimento tivessem acesso à Educação de Qualidade se tornou como uma inesperada chuva de granizo em cima da esperança de um povo em se tornar uma nação de primeiro mundo, com economia próspera, liberdade, segurança, saúde e paz. O "pobre" nordestino que teve a oportunidade e o cenário econômico internacional favorável para fazer com que o Brasil deixasse de ser o país do futuro e se tornasse a principal estrela entre os BRICS, não teve dignidade nem competência para, em três mandatos absolutos com total apoio do Congresso, da Justiça, da Imprensa e da população, deixar de se preocupar com a permanência eterna no poder e implementar ações governamentais de médio e longo prazo que levassem o país à mínima condição necessária de decência nos serviços públicos e integridade nas relações institucionais. O "pobre" trabalhador que sempre condenou os desmandos de um país mal-governado não teve o mínimo de seriedade e se privou de criticar os mensaleiros condenados durante todo o julgamento, mas agora que as eleições se aproximam, afirma descaradamente que Dirceu, Genoníno, Delúbio e companhia não eram pessoas de sua confiança. 

O Brasil já está destruído. Lula, Dilma, Renan, Alves, Sarney e companhia trocaram nossa saúde pela possibilidade da alegria efêmera de meia dúzia de jogos numa Copa da Fifa; abriram mão de termos educação de qualidade pelo sonho em se perpetuarem no governo; barganharam nossa segurança pelo orgulho adolescente de fazer provocação aos EUA por meio de uma política externa imbecil, patrocinadora de Cuba e Venezuela e amarrada a Argentina e Mercosul em tempos de crise desses países. Agora não nos resta outra opção senão escolher novos governantes que se comprometam em retomar o caminho produtivo de um Brasil que só faz importar e importar e não produz mais; que demonstrem com clareza que vão reduzir o número de ministérios, a politicagem e a corrupção e indiquem como vão atacar o famigerado "custo Brasil" que nos faz ter os produtos mais caros do mundo; que abdiquem da ideologia comunista que quer nivelar todo mundo por baixo e impede o crescimento da nação e mostrem como vão promover a Educação, a Sustentabilidade, a Segurança e a Saúde do povo. Não há mais dúvidas de que o tempo acabou. Basta de brincadeiras com dinheiro público, chega de viagens mirabolantes com centenas de assessores sangue-sugas e puxa-sacos. Vamos tirar o Brasil do vermelho. Vamos deixar o pobre se educar, trabalhar e crescer com dignidade, honra e mérito. Vamos eliminar a "coitadice" e a impunidade da cultura brasileira. Vamos reerguer o Brasil! 

Graça e Paz!

blogdopastortulio.blogspot.com.br



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