Inversão de valores (Isaías 5.20)

Devocional de 02/05/2014.

"Ai dos que chamam ao mal bem e ao bem, mal, que fazem das trevas luz e da luz, trevas, do amargo, doce e do doce, amargo!" (Isaías 5.20)

A Bíblia é nosso referencial de valores, nosso manual de vida. Com o Criador do Universo aprendemos a valorizar o amor e a justiça. Devemos praticar o bem e exercer a misericórdia, devemos odiar o mal e condenar a iniquidade. Há comportamentos adequados que são louváveis, dignos de honra, merecedores de elogio e reconhecimento; e há atitudes perversas que são inadequadas, condenáveis, indignas até de ser citadas, merecedoras de repúdio e jamais deveriam ser praticadas, muito menos ensinadas.

É importante estabelecer que condenamos comportamentos e não pessoas. As pessoas estão sujeitas somente ao julgamento do próprio Deus e portanto não é nosso papel julgá-las. Elas vivem suas vidas diante da contínua possibilidade de arrependimento e mudança de mente, portanto o que elas são hoje não corresponde necessariamente ao que elas serão amanhã. Mas ainda que não mudem, nada nos dá o direito de nos colocarmos acima delas. Portanto, mesmo se não concordamos com as pessoas e não aprovamos suas atitudes, devemos amá-las incondicionalmente, como amamos a nós mesmos. Podemos respeitosamente opinar sobre o comportamento delas, mas não podemos decidir por elas, nem tampouco podemos discriminá-las em quaisquer circunstâncias.

Mas quando falamos sobre comportamentos, é absolutamente lícito estabelecer parâmetros e opiniões respaldadas que expressem o que convém e o que não convém ser feito, o que deve ser ensinado e o que deve ser condenado. É neste sentido que a Bíblia diz: "Ai" daqueles que invertem os valores naturais da Criação, chamando o mal de bem e o bem de mal, a luz de trevas e as trevas de luz, o doce de amargo e o amargo de doce (Isaías 5.20). Deus colocou um "Ai", isto é, uma condenação para aqueles que, em clara rebeldia, não valorizam o que Ele valoriza, e valorizam o que Ele condena.

Este "Ai" pode ser atribuído a uma pessoa específica, quando esta pessoa assume o risco de inverter os valores. Mas ele também pode ser atribuído a uma organização e até mesmo a uma nação, se estas oficializam em suas normas, leis e práticas, esta condenável inversão de valores. É aí que entramos hoje em um perigo sem precedentes na história do Brasil, momento em que estamos muito próximos de promulgar leis que não somente levarão o país a uma vulnerabilidade social muito grande, como também nos classificarão espiritualmente como uma nação que abomina o que Deus ama, e ama o que Deus abomina. Não há como descrever as maldições implícitas em tal classificação.

Na prática, isto significa que a aprovação de novas leis que permitam e incentivem práticas como o aborto, o sexo infantil, o uso e o tráfico de drogas, o casamento homossexual, a desinstitucionalização da família, a restrição a cultos cristãos e a restrição à liberdade de expressão (como defendem abertamente políticos ligados a partidos como PT, PSOL, PV, PC do B, dentre outros) levariam o país inteiro à maldição divina (e não apenas os praticantes) e, portanto, as pessoas que crêem em Deus devem orar e agir para que esse tipo de projeto de lei não sejam aprovados, esse tipo de partido político não cresçam, e esse tipo de candidato não sejam eleitos.

Lutar contra a aprovação de determinadas leis implica em lutar contra a eleição de determinados candidatos e contra o crescimento de determinados partidos. E evitar o crescimento de alguns tipos de políticos e partidos significa necessariamente a votação em outros políticos e outros partidos. Ignorar política, abster-se ou anular o voto só contribui para reforçar aquilo que a maioria desavisada segue fazendo, que em muitos casos significa a eleição justamente dos que lutam pela inversão de valores. Portanto, o não envolvimento político e consciente dos cristãos no processo democrático de escolha de seus representantes significa a igreja abrir mão de sua função de sal e luz na nação aonde foi plantada, e em última instância, é pecado. Alguém que se diz cristão não tem o direito de se omitir em questões de importância tão significativa sob nenhum pretexto. O Senhor promete perdoar os nossos pecados e sarar a nossa terra quando nós, que nos chamamos pelo nome dele, nos humilhamos, oramos, buscamos a Sua face e nos convertemos do nosso mau caminho. Deus entregou em nossas mãos a responsabilidade sobre os destinos de nossa nação.

Portanto, não se omita nem se cale em relação a todo comportamento, opinião ou defesa de leis que levam à inversão de valores. Você deve zelar por aquilo que Deus zela, amar aquilo que ele ama, valorizar o que ele valoriza, e consequentemente odiar o que ele odeia, rejeitar o que ele rejeita e denunciar o que ele abomina, sem ofender as pessoas, mas sem se abster de um posicionamento claro e transparente a respeito do que é certo ou errado, bem ou mal, luz ou trevas.

Saia de cima do muro. Posicione-se. Marque o território com base na Palavra de Deus.

Graça e Paz!

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