segunda-feira, 30 de junho de 2014

Religião se discute (Atos 18.14)

Devocional de 30/06/2014.

"Todos os sábados ele debatia na sinagoga e convencia judeus e gregos." (Atos 18.4)

Quem foi que disse que religião não se discute?

Mesmo com apenas 12 anos, Jesus debatia as Escrituras com mestres da Lei, e fez isso inúmeras vezes ao longo de seu ministério. Do mesmo modo, os apóstolos também iam às sinagogas e discutiam até convencer tanto judeus quanto gregos a respeito do Senhorio de Jesus Cristo.

Curiosamente, vivemos tempos em que o espaço para o debate na igreja é quase nulo. Monólogos são o padrão em quase todas as nossas reuniões, e as dúvidas e discordâncias, que deveriam ser consideradas saudáveis e naturais, jamais encontram lugar.

Até mesmo nas redes sociais, onde a interatividade é dita como valorizada, o debate é ausente. Curtidas e "améns" são sempre bem-vindos, mas discordâncias ou polêmicas são frequentemente apagadas por líderes mimados que não costumam ouvir "não", para não manchar a popularidade. Se na visa real eles se cercam de pessoas que só dizem o que eles querem ouvir, também na internet bloqueiam facilmente qualquer um que lhes questione.

É claro que este é um problema da nossa cultura, e não somente da igreja contemporânea. Mas a igreja tem que influenciar o mundo, ao invés de ser influenciada por ele. Debater, permitir que a dúvida surja, ensinar com perguntas e incentivar a manifestação de todos é algo que precisa ser promovido pela Igreja a fim de que " judeus e gregos" sejam convencidos a crer e estar convictos a cerca da Palavra de Deus. As receitas prontas e industrializadas jamais cumprirão este papel.

Precisamos educar as pessoas a crer em Deus. Temos que formar gente que pensa, que lê a Bíblia, que questiona o modelo, que sugere mudanças, que confronta a religião. Isso não é um cenário provável em circunstâncias de show-gospel, em igrejas onde os pastores sequer têm formação teológica e muito menos em ciências exatas, humanas ou sociais. O avivamento que precisamos clamar para que Deus nos envie não é somente uma abundante chuva de manifestações sobrenaturais, mas também e principalmente uma tempestade de debates de idéias, baseadas na Palavra de Deus. Que Deus nos dê um avivamento de sabedoria e conhecimento!

Graça e Paz!

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domingo, 29 de junho de 2014

Enquanto falamos (Atos 10.44)

estas palavras, o Espírito Santo desceu sobre todos os que ouviam a mensagem
Devocional de 29/06/2014.

"Enquanto Pedro ainda estava falando estas palavras, o Espírito Santo desceu sobre todos os que ouviam a mensagem." (Atos 10.44)

O apóstolo Pedro quebrou seus próprios preconceitos e começou a pregar o Evangelho aos povos não-judeus. Enquanto falava sobre a vida e a ressurreição de Jesus e anunciava que todo aquele que nele crê recebe o perdão dos pecados, o Espírito Santo veio sobre Cornélio e sua família, para a surpresa de muitos judeus. A manifestação de Deus saía do controle do homem. A religião humana perdia a guerra contra o Reino de Deus.

É com naturalidade que o Espírito Santo vem. Pedro não convocou seus ouvintes a glorificar a Deus e a forçar uma glossolalia. Embora fosse apóstolo, ele não invocou o poder de Deus sobre eles, não precisou nem sequer lhes impor as mãos. Assim como sua sombra curava enquanto andava, assim também as suas palavras traziam o batismo do Espírito para pessoas que temiam a Deus mas tinham conhecimento escasso das Escrituras e da história. Ninguém programou isso. Deus providenciou.

Do mesmo modo, precisamos hoje eliminar nossas liturgias programáveis e permitir que o Senhor faça o que quer fazer através de nós, ao invés de fazer o que queremos fazer usando o Nome do Senhor. O controle não está em nossas mãos. É Deus quem abençoa quem ele quer e usa quem ele quer, e na hora que ele quer.

Por que tantas vezes nós cristãos insistimos em criar eventos como "Culto de Libertação", "Tarde da Cura" ou "Reunião do Batismo no Espírito Santo" como se isso fosse algo produzido e industrializado? Pode o ser humano viver uma vida sem frutos, do jeito que quer, e depois achar que em um passe de mágica o Eterno Deus Todo-Poderoso vai visitá-lo em um evento agendado e batizá-lo com o Espírito derramando dons "espirituais"? Como pode o homem determinar que Deus "cumpra a sua promessa" e realize curas e milagres se as condições básicas estabelecidas na Palavra para a realização dessas promessas não estão cumpridas pelo homem? 

Deus é Fiel à sua palavra e zela para cumpri-la, mas se o homem é infiel à mesma palavra, ele não tem como se apropriar das promessas. Não adianta ler e "profetizar" as bênçãos de Deuteronômio 28.1-14 se a vida desobediente está atraindo e profetizando as maldições de Deuteronômio 28.15-68. Deus não é tocado por palavras vazias. O que move o coração de Deus é um coração quebrantado, e uma vida reta focada em atos de justiça.

Cornélio não era judeu, era comandante do regimento italiano. Mas a Bíblia diz que "Ele e toda a sua família eram piedosos e tementes a Deus; dava muitas esmolas ao povo e orava continuamente a Deus" (Atos 10.2). O coração e a vida de Cornélio fizeram com que Deus desse uma visão a Pedro e o levasse até sua casa para explicar a Palavra e assim permitir que o Espírito Santo fosse derramado. Não foi o poder e a autoridade espiritual de Pedro. Não foi a força e a violência do homem, mas o poder de Deus.

Quando falamos a Palavra de Deus e anunciamos o Evangelho da salvação, o Senhor mesmo derrama o Espírito Santo sobre os nossos ouvintes. É o Espírito quem convence o homem a respeito do pecado, da justiça e do juízo, e o transforma em uma nova criatura. Nossa missão é anunciar o Evangelho. Transformar vidas é papel do próprio Deus.

Que o Senhor nos permita ser instrumentos de sua paz e participar do estabelecimento de seu Reino sobre a terra sem que desejemos dominar as pessoas que se convertem. Convém que Cristo cresça, e a gente diminua. Só há um Pastor. Só há um Senhor. Só há um Deus. É o próprio Deus que age enquanto falamos.

Graça e Paz!

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sábado, 28 de junho de 2014

Quatro coisas essenciais (Atos 2.42)

e às orações, Atos 2.42, Quatro coisas essenciais, primeiros discípulos
Devocional de 28/06/2014.

"Eles se dedicavam ao ensino dos apóstolos e à comunhão, ao partir do pão e às orações." (Atos 2.42)

Não quero repetir o que milhares de pregadores já disseram sobre este texto - talvez o mais badalado das últimas décadas na igreja evangélica. Mas também não posso me omitir em relação a ele, devido à sua importância. Por isso, faço esta pequena reflexão simples e objetiva, focada naquilo que acredito que poucos têm coragem de dizer.

Diferente de nós, os seguidores de Jesus entenderam o que Deus esperava deles. Por isso eles não se dedicavam ao bem-estar, ao enriquecimento e à obtenção de fama e poder. Eles se dedicavam a quatro coisas essenciais:
- ao ensino dos apóstolos
- à comunhão
- ao partir do pão e 
- às orações.

Vamos a elas:

1) Ensino dos apóstolos

Quando a Bíblia diz que eles se dedicavam ao ensino dos apóstolos, eu entendo que eles diariamente buscavam entender o que as Escrituras falavam a respeito do Reino de Deus, a visualizar o cumprimento das profecias na vida de Cristo Jesus e a colocar em prática nas suas próprias vidas os mandamentos que ele nos deixou. 

Não consigo imaginá-los sentados em templos ou sinagogas ouvindo passivamente uma palestra empolgante a cerca dos 7 segredos do sucesso ou dos 4 passos para um casamento feliz. Acredito que o ensino dos apóstolos era algo capaz de provocar reações extremas na vida das pessoas: imundos queriam se limpar, dominados por espíritos opressores vinham para se libertar, pecadores recebiam perdão e enfermos se apropriavam da cura, ao mesmo tempo em que religiosos se escandalizavam, intelectuais debochavam, poderosos buscavam meios de tirar algum proveito e famílias inteiras entravam em grande conflito, divididas entre os que queriam esta nova vida e os que duvidavam daquela gente simples e fanática.

Os que escolhiam seguir o Caminho, dedicavam-se ao ensino dos apóstolos porque tinham grande necessidade de defender a fé que abraçaram e ainda convencer seus familiares e amigos a respeito dela, sem dar margem a interpretações agnósticas ou legalistas, que já invadiam os debates. O Evangelho precisava ser vivenciado e apresentado de forma prática e clara, através de sinais e maravilhas, demonstrando que Jesus é o Cristo, e que ele continuava operando através daqueles que nele criam.

Se quisermos seguir o Caminho, nós também temos que nos dedicar ao ensino dos apóstolos nos dias de hoje. Isto pode significar aplicar a dura mensagem genuína da cruz, de confronto aos confortáveis e amor aos pecadores, ao invés de encher os templos ao adaptar uma melosa pregação de prosperidade aos corações materialistas. Que Deus tenha misericórdia de nós!

2) Comunhão

Lucas nos mostra que eles se dedicavam à comunhão de tal maneira que tinham tudo em comum. Para que não houvesse necessidade alguma entre eles, eram capazes de vender tudo o que tinham e entregar aos apóstolos (e depois aos diáconos) a fim de que estes fizessem a distribuição entre todos.

Apesar de todos os bens serem entregues aos apóstolos, diferente de muitos bispos de hoje, eles mesmo assim não tinham ouro nem prata. O pedinte da escadaria do templo não recebeu um centavo sequer, mas recebeu o que de melhor eles tinham: o poder de Deus. O sentido maior da comunhão estava em dar, dar, dar e dar. Nada era retido. Ninguém guardava para depois. Ninguém pensava em tirar proveito da situação, exceto Ananias e Safira, que receberam o devido castigo por isso.

Eles repartiam bens, repartiam poder, repartiam corações, repartiam abraços... Viviam a Festa do Amor! Imagino que não havia espaço para segundas intenções entre eles. Politicagem religiosa, busca por cargos e títulos, aspirações por reconhecimento, não vejo isso... Não consigo sequer imaginar que os Doze tivessem assentos especiais à frente ou que subissem a um púlpito elevado para falar aos demais. Não os imagino vestindo roupas especiais, nem os ternos de seus dias. Penso que o foco era dar abrigo aos leprosos da região, dar carinho às crianças e mulheres que sofriam violência, garantir sustento aos órfãos e as viúvas. Acredito que a comunhão à qual se dedicavam era um bate-papo intenso sobre os problemas que enfrentavam, e a causa dos mais fracos era assumida como causa de todos.

Aquilo que a igreja de nossos dias muitas vezes chama de comunhão eu penso que é, no máximo, uma boa amizade, mas amplamente selecionada e limitada àquilo que é interesse comum, uma vez que é raro alguém assumir a causa de outro se a causa não for a priori sua também. A mudança cultural necessária até chegarmos ao que a Bíblia chama de dedicação à comunhão é profunda. Só Deus pode gerar essa transformação em nós!

3) Partir do Pão

A celebração da Santa Ceia está implícita neste texto. Além das refeições compartilhadas e de toda ação social já explicada acima, os primeiros discípulos se dedicavam ao ensino do Reino de Deus em toda oportunidade de alimentação. Mais do que agradecer a Deus pelo pão, eles certamente faziam de cada refeição um momento especial para ensinar aos filhos, vizinhos, amigos e parentes que Cristo morreu na cruz em nosso lugar.

Não era no "culto" ou no "estudo bíblico" que eles falavam do Evangelho. A maior oportunidade para pregar o Evangelho era na hora da refeição. Não era necessário "levar alguém à igreja" a fim de que a pessoa se comovesse através de uma multidão frenética a cantar ou de um pregador mirabolante a conquistar com palavras bonitas. A mensagem da Cruz era explicada enquanto se comia. Cada vez que se partia um pedaço pão, o cristão explicava aos demais que Cristo foi partido por nós, e que pelas suas feridas, somos sarados. 

Hoje engolimos sem pensar o alimento que tantas vezes o Mestre usou para ensinar. Comemos correndo, assistindo TV, trabalhando, engolimos algo enquanto andamos, e perdemos grandes oportunidades de evangelizar. Que Deus nos permita recuperar esta estratégia divina que a igreja primitiva usava para pregar o Evangelho com simplicidade e praticidade, todos os dias, algumas vezes, por todos e para todos.

4) Orações

Os discípulos se dedicavam às orações. Não deve ser à toa que o termo esteja no plural. Certamente oravam muito. Adoravam a Deus por quem ele é. Louvavam-no por seus feitos gloriosos. Clamavam pelas necessidades pessoais e de seus amigos. Intercediam pelos pastores e também pelos governantes. Clamavam por justiça. Pediam perdão pelos pecados próprios e da comunidade. Choravam pela maldade. Profetizavam a vitória. Oravam a Palavra. Anunciavam a chegada do Reino de Deus.

Não consigo imaginar que houvesse um grupinho ou ministério de intercessão. Dedicar-se à oração era tão importante que os Doze decidiram eleger outros Sete para arrecadar distribuir alimento entre os necessitados, a fim de que pudessem se dedicar à pregação da palavra e às orações. Isso não poderia ser delegado. 

Hoje muitas vezes precisamos criar cultos de oração para que não fiquemos sem orar. Pregamos sobre oração, falamos de oração, fazemos congressos sobre oração, mas a oração em muitos casos não passa de pequenos momentos. São muitos os cristãos que não conseguem orar. E é preciso entender que as orações comunitárias direcionadas a todos, na maioria das vezes em forma de canções, não se transformam automaticamente em orações para muitos... Se a pessoa estiver triste, ou precisando confessar pecados, ou clamar por um familiar doente, por exemplo, nem sempre consegue orar em meio aos louvores congregacionais escolhidos muitas vezes com base na beleza da melodia da música, da harmonia da banda ou da adaptação da voz que canta ao microfone.

Precisamos criar em nossa agenda de vida e também em nossa liturgia de culto tempos específicos para orações. Grande avivamento virá quando fizermos isso. Que Deus nos permita esta transformação!



Enfim... Que possamos nos transformar, e nos dedicar ao ensino dos apóstolos, à comunhão, ao partir do pão e às orações, como faziam os primeiros cristãos.

Graça e Paz!

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sexta-feira, 27 de junho de 2014

Enviados (João 20.21)

João 20.21, pas zeja com vocês, assim como o pai me enviou eu os envio

Devocional de 27/06/2014.

Novamente Jesus disse: "Paz seja com vocês! Assim como o Pai me enviou, eu os envio". (João 20.21)

Entenda a missão de Jesus. Esta é a tua missão!
O nosso trabalho é continuar a obra de Jesus.
Assim como o Pai o enviou, assim ele nos envia agora.
Estabelecer o Reino de Deus! Taí.

Deus enviou Jesus para salvar o que se havia perdido.
Ele veio para que tenhamos vida abundante.
Estudando Rick Warren desde o ano 2000, entendo que vivemos para ser AGAPE
Amar, 
Glorificar a Deus, 
Aprender dEle, 
Produzir o fruto do Espírito e 
Evangelizar (AGAPE).

Criei este acróstico em Concórdia/SC com a Juventude ÁGAPE, e minha vida mudou desde então. Minha vida não é minha. É de Deus! Ele me enviou para cumprir este propósito, assim como ele mesmo foi enviado pelo Pai.

A vida então não tem sentido sem amor, sem glória para Deus, sem aprendizado, sem fruto e sem proclamação do evangelho. A vinda do Reino de Deus depende disso. Não é uma intromissão de fora pra dentro, mas uma transformação de dentro para fora. Deus está fazendo isto conosco!

Saiba que você não é dono do seu nariz. Você vai prestar contas sobre o que fez com sua vida. E que diferença fez na vida de outras pessoas. Que Deus te abençoe e te permita ser como Jesus para alguns!

Graça e Paz!

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Coisa difícil. Mas essencial... (João 13.14)

Mestre e Senhor, vocês também devem lavar os pés uns dos outros

Devocional de 26/06/2014.

"Pois bem, se eu, sendo Senhor e Mestre de vocês, lavei os seus pés, vocês também devem lavar os pés uns dos outros." (João 13.14)

Lavar os pés uns dos outros. Servir. 
É pra isso que a gente existe.
Em todas as circunstâncias, cuidar.
Em todo o tempo, pensar no bem estar do outro.
Coisa difícil. Mas essencial...

Não quero viver para mim mesmo.
Não me cabe outra bandeira senão a toalha pendurada na cintura.
Coisa difícil. Mas essencial...

Vivemos tempos em que todos se sentem chamados a liderar.
Universitários recém-formados assumem cargo de gerência.
Cristãos recém-convertidos assumem pastorais.
Quase ninguém entende o que significa a palavra "mini" - "sterio".
Coisa pequena. Serviço pequeno. Simplicidade.
É preciso tirar o glamour do ministério.
Coisa difícil. Mas essencial...

O Senhor dos senhores deu o exemplo.
O Mestre dos mestres lavou os pés dos seus seguidores no momento mais difícil.
O Rei dos reis não hesitou em lavar os pés do próprio Judas Iscariotes, mesmo sabendo de tudo.
Coisa difícil. Mas essencial...

Que Deus nos permita pendurar a toalha na cintura e o servir através do serviço ao próximo.
Não importa quão amplo seja o alcance do que fizermos, mas importa a profundidade do nosso amor.
Coisa difícil. Mas essencial...

Graça e Paz!

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quarta-feira, 25 de junho de 2014

A verdade que liberta (João 8.32)

Cristo, Jesus, liberdade, conhecimento, vida eterna
Devocional de 25/06/2014.

"E conhecerão a verdade, e a verdade os libertará” (João 8.32).

Esta afirmação de Jesus causou revolta nos judeus que o ouviram. O homem religioso não reconhece a necessidade de ser liberto, pois isto significa confessar sua fraqueza e escravidão pelo pecado.

Mas é justamente aí que está o segredo. Somente é salvo quem reconhece que é pecador, que é carente da misericórdia e do perdão de Deus, que não é capaz de alcançar a aprovação de Deus por si mesmo. Somente é liberto quem percebe que a salvação é pela graça, pela obra de amor do próprio Deus em Cristo Jesus.

A verdade liberta aquele que a conhece. E a verdade é que não há outro Caminho para a vida eterna senão Jesus, o Filho Unigênito de Deus. Qualquer tentativa humana de se justificar por si só ou de negar a obra de Cristo é absolutamente frustrada.

Então o ponto principal que decide a questão é o conhecimento da verdade. Muitos não são libertos porque não a conhecem. É preciso fazer com que ela seja conhecida. É preciso anunciar Jesus. É preciso apresentar o Salvador.

Jesus Salvador, o verdadeiro Deus, pode ser desconhecido por muitos que pensam conhecer um "Jesus" Julgador ou um "Jesus" Opressor, invenções humanas que não têm nada a ver com o Príncipe da Paz.

Conheça Jesus de verdade. Conheça o amor de Deus. Entenda que somente Jesus salva e seja liberto de todo o pecado.

Graça e Paz!

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terça-feira, 24 de junho de 2014

Deus tanto amou o mundo (João 3.16)

porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu único Filho
Devocional de 24/06/2014.

“Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna." (João 3.16)

Não sem razão, este é talvez o texto bíblico mais recitado pelos cristãos. Jesus, o único Filho gerado de Deus, é o presente de amor que Ele deu ao mundo para que este não pereça por ter se afastado do propósito para o qual foi criado, mas perpetue para todo o sempre, por meio da fé daqueles que corrigirem o desvio de propósito por meio da fé em Jesus. Esta é uma frase curta, mas plena de verdade. 

De todas as verdades, a verdade mais intrigante é esta: Nós falhamos! Deus nos criou para a sua glória, mas nós, ao conhecermos o bem e o mal preferimos o mal. E ao sermos reprovados no teste de Deus, nada mais poderia ser feito. Agora só nos restaria aguardar o castigo por nossa desobediência. Mas Deus optou por sacrificar seu próprio Filho a fim de consertar o nosso erro. Ele o enviou para que morresse em nosso favor. E assim Jesus o fez. E por causa disso, mesmo tendo falhado, temos a chance de continuar vivos por toda a eternidade, desde que creiamos em Jesus.

Crer em Jesus não é somente uma questão de falar que crê, nem tampouco internalizar um sentimento de gratidão ou abraçar uma crença. Crer em Jesus é, nas palavras dEle, "comer a Sua carne e beber o Seu sangue". É fazer a vontade do Pai. É negar-se a si mesmo, tomar a Cruz e segui-lo. Crer em Jesus é nascer do alto. Ou seja, a vida eterna é para os discípulos de Jesus: aqueles que andam no Caminho da Salvação, aqueles que se arrependem de seus pecados e o confessam.

E para os demais, o que resta? Nada. Já estavam condenados à morte eterna, e seguirão condenados. É por isso que nem o Filho do Homem veio para julgar o mundo e nem tampouco nós devemos julgá-lo. Cristo veio para salvar o que se havia perdido. Os filhos de Deus são o sal desta terra e a luz deste mundo, a única esperança para a redenção da criação. Se o sal não temperar, não serve para nada, nem para condenar o resto do mundo.

A justiça de Deus não pode ser quebrada. O amor de Deus é indescritivelmente grande, mas a justiça de Deus também é. O amor se manifesta em Cristo para nos dar uma nova chance, não para nos salvar de qualquer jeito. É como se o professor nos permitisse refazer uma prova na qual toda a turma tomou bomba, explicando novamente e permitindo estudar novamente já conhecendo as questões da prova. Isto significa que alguns poderão entender e seguir o gabarito (Jesus) para responder corretamente as questões e agora passar na prova. Em nenhum momento significa que a turma será automaticamente aprovada de qualquer maneira.

A vida eterna é o alvo. Nada pode ser mais importante do que isto. De que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? O que são 100 anos perto de uma eternidade? Nada! É lamentável que nos últimos anos boa parte dos pastores estejam se transformando em administradores, conselheiros e palestrantes preocupados em garantir que as pessoas que lhes procuram possam salvar a família, salvar o casamento, salvar as finanças, salvar a instituição, salvar a boa índole, salvar tudo - menos salvar a alma para a eternidade. 

Lembro-me de quando me converti, no final da década de 80, quando junto com alguns poucos jovens "crentes" cantávamos: "Ah, eu amo Cristo! Sim, eu amo Cristo" Ah, eu amo Cristo porque Ele me salvou..." Não é sábio dizer que os tempos antigos eram melhores que os tempos atuais, claro que não, pois entre confusos e feridos, penso que hoje de algum modo ainda se salvam muito mais pessoas do que naquele tempo, mas é triste olhar e perceber que grande número de pessoas vai às igrejas para "receber uma bênção", para "consertar sua família" ou até mesmo para "arranjar um namorado", e pouco se importam com a vida eterna. Salvar almas que estão caminhando a passos largos para a morte eterna precisa voltar a ser nossa comida e nossa bebida. A Igreja de Jesus precisa se repensar e voltar a se definir como Agência do Reino de Deus sobre a terra.

Todos nós pecamos e nos afastamos do propósito de Deus. Precisamos correr de volta para o Senhor e trazer conosco o maior número de pessoas que pudermos em todo o mundo. O nome disso: Missões. O amor de Deus é ao mundo, e por isso não faz sentido quando lido no sentido individualizado. O amor de Deus é aos pecadores, e por isso precisa ser comunicado a quem não ainda percebe este amor. O amor de Deus é a chance que Deus nos dá de reatarmos nossa comunhão com Ele. O amor de Deus é Jesus. Só Ele é o Caminho, a Verdade e a Vida, e ninguém pode acessar o Pai senão por Jesus.

Que Deus nos permita compreender seu amor e compartilhá-lo.

Graça e Paz!

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segunda-feira, 23 de junho de 2014

Pregue o arrependimento (Lucas 24.47)

e que em seu nome seria pregado o arrependimento para perdão de pecados
Devocional de 23/06/2014.

"e que em seu nome seria pregado o arrependimento para perdão de pecados a todas as nações, começando por Jerusalém." (Lucas 24.47)

Lucas conta que ao ressuscitar Jesus apareceu a dois discípulos e conversando com eles enquanto caminhavam, ele lhes abriu o entendimento através das Escrituras, e lhes mostrou que o Cristo haveria de sofrer e ressuscitar no terceiro dia, e que em seu nome o arrependimento para o perdão de pecados seria pregado a todas as nações, começando por Jerusalém. É interessante perceber o quanto esta pregação do arrependimento para perdão de pecados é coerente com a mensagem de João Batista, de todos os profetas e do próprio Jesus, não somente em palavras, mas também ensinada didaticamente através do batismo.

Em um tempo em que a mensagem do evangelho é relativizada em muitos aspectos, precisamos estar atentos ao que estamos pregando. A mensagem do arrependimento para perdão de pecados, simples como mostrada no batismo, tem de ser a nossa pregação. Do início ao fim, o cristão precisa se reconhecer como um pecador que morreu para si mesmo e ressuscitou para uma nova vida, pelo poder do nome do Senhor.

A mensagem da paz é esta. Qualquer mensagem que abafe esta mensagem não pode ser considerada uma pregação cristã genuína. Paulo dizia: "Pois decidi nada saber entre vocês, a não ser Jesus Cristo, e este crucificado" (1 Coríntios 2.2). A cruz fala de arrependimento para perdão de pecados. Foco é tudo!

Que Deus nos livre de pregar a nós mesmos, ou a nossa necessidade pessoal, ou as nossas vaidades, ou quaisquer outras coisas que não sejam a cruz de Cristo e a necessidade de nos arrependermos. Deus conhece as nossas necessidades. Importa buscar primeiro reino de Deus e a sua justiça. O resto vem por acréscimo.

Graça e Paz!

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domingo, 22 de junho de 2014

Como uma criança (Lucas 18.17)

transparência, alegria, fé, futuro, Rei-Herói, vitória, conquista
Devocionário de 22/06/2014.

"Digo a verdade: Quem não receber o Reino de Deus como uma criança, nunca entrará nele”. (Lucas 18.17)

Estou feliz ao completar hoje mais ou menos 1/3 da minha peregrinação nesta terra (40 anos!) com a força, a alegria, disposição e a simplicidade de uma criança. O simples fato de me dar ao luxo de publicar meus devocionais diários nos quais escrevo sem pensar sobre aquilo que vem à minha mente quando leio uma porção da Bíblia, somado à meninice facebookeira de achar que todo mundo ali é meu amigo, só isso já me pareceria algo bem infantil, não fosse meu jeito de ser, de brincar, de orar e até de irritar às vezes, rsrsrs...., sinto-me tão criança quanto me sentia quando tinha 10 anos...

Mas é claro que o Senhor estava falando de algo mais profundo ao citar este texto.  Receber o Reino Deus como uma criança é perceber a vida como uma missão dada pelo Pai e entender que a vitória do Senhor significa a derrota dos seus inimigos. O Rei Eterno, Justo, Vencedor e Todo-Poderoso só pode ser adorado por quem não tem dúvidas sobre a supremacia e a força infinitamente superior deste Rei-Herói, que com o sopro de sua boca destruirá o adversário e governará para sempre...

O racionalismo lógico de um adulto não é capaz de receber o Reino de Deus e muito menos de pregá-lo a outros. Como pode alguém crer que a salvação se dá sem merecimento e sem iniciativa, pela pura gratidão a um Deus gracioso que enviou seu próprio filho para morrer no lugar daqueles que desobedeceram? Só uma criança tem humildade para aceitar ser salva pelo favor benevolente de um Rei amoroso. A boa notícia do Evangelho é escândalo para um adulto. Graça é mensagem própria pra criança.

Quero ser criança sempre. Quero ser simples, quero ser transparente, quero confiar nas pessoas, quero acreditar no futuro, quero esperar o melhor, quero me divertir com a vida... Quero receber o Reino de Deus como uma criança que recebe um presente de valor... Quero um coração sincero, generoso, agradável a Deus e gentil para com as pessoas... Quero ser livre de toda vaidade, hipocrisia e segundas intenções adultas... Quero brincar com meus irmãos...

Que o Senhor me permita viver muitos anos e amadurecer em muitas coisas sem jamais perder a juventude da fé e do amor de Cristo. Que a graça e a paz do Senhor estejam sempre comigo e que ele me dê a vitória sobre todos os inimigos, na autoridade do nome de Jesus. Amém.

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sábado, 21 de junho de 2014

O que importa é o Reino de Deus (Lucas 9.2)

e os enviou a pregar o Reino de Deus e a curar os enfermos
Devocional de 21/06/2014.

"e os enviou a pregar o Reino de Deus e a curar os enfermos." (Lucas 9.2).

O Reino de Deus é o centro da mensagem de Cristo. Ao enviar seus seguidores Jesus lhes deu a missão de continuarem pregando o Reino de Deus. Nada mais deveriam buscar senão o Reino de Deus. Assim como o Mestre fazia, o Reino deveria ser estabelecido através da cura de enfermos e da libertação de endemoninhados. A chegada do Reino dos céus significa o fim do domínio do mal.

O Evangelho da auto-ajuda e da prosperidade não tem lugar para o Reino de Deus. Palestras e canções que tratam apenas da recompensa sobre dízimos e ofertas e da importância de uma família feliz abordam apenas uma pequena parte da verdade e escondem o confronto ao pecado, o ataque aos inimigos de Deus, a guerra espiritual na qual vivemos, a necessidade de arrependimento para salvação do homem, a importância de sermos cheios do Espírito e de praticarmos atos de justiça, dentre outras coisas. Não temos mais tempo a perder com o pseudo-cristianismo aloprado de egoístas soberbos que amam o conforto e o bem-estar e não sabem o que significa a cruz, nem o Reino de Deus e sua justiça.

O Reino de Deus está longe de muitos que infelizmente vivem no engano e se consideram salvos, seguros de si, protegidos pelas teias de uma falsa sensação de pertencer, de uma "cobertura espiritual" inexistente, de uma falaciosa busca pessoal por um "deus" impessoal, pronto para servir os que o buscam, tão "amável" que existe apenas para satisfazer os mimos dos seus filhinhos.

O Reino de Deus está perto dos que sofrem, dos que choram, dos que não têm vez nem voz, dos que se arrependem de seus pecados, dos que repartem o pouco que têm, dos que renunciam até mesmo a uma reputação aceitável por todos para declarar que o Senhor reina, e que a maldade não tem mais lugar.

Jesus nos chama do mundo para si e nos envia novamente de si para o mundo a fim de que o Reino de Deus seja proclamado e também praticado através da cura de enfermos e da libertação de cativos. Jesus Cristo é o Rei que recebe a honra quando o Reino de Deus é anunciado e demonstrado. Glorificar o nome de Jesus é muito mais do que cantar isso pra ele, é tirar o domínio das mãos do príncipe deste mundo e promover a justiça do Reino do Deus Soberano na vida das pessoas que tanto precisam dele.

Que possamos cumprir a nossa missão de vida: anunciar e estabelecer o Reino de Deus na terra. O Rei do Universo nos abençoe!

Graça e Paz!

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sexta-feira, 20 de junho de 2014

Coração, um poema (Lucas 6.45)

blog do Pastor Túlio, devocional, reflexão, estudo

Devocional de 20/06/2014.

"O homem bom tira coisas boas do bom tesouro que está em seu coração, e o homem mau tira coisas más do mal que está em seu coração, porque a sua boca fala do que está cheio o coração." (Lucas 6.45)

Coração.
É de lá que vem toda a inspiração.
É de lá que a gente busca a motivação
Para dizer uma palavra ou cantar uma canção.

Coração.
O lugar onde tudo é verdade.
O lugar onde Deus planta bondade
Para que a gente ame com liberdade.

Coração.
Que identifica o amigo e reconhece o amor.
Que supera a tristeza e que ama o Senhor.
Que perdoa a maldade e distingue o valor.

Coração.
Criado com um vazio enorme, sem igual.
Curado na Palavra, liberto de todo o mal.
Convertido ao Evangelho para ser luz e sal.

Ah, Coração!
Você é de Cristo, nada te faltará.
Você é amado e para sempre será
Rasgado, quebrantado, apaixonado por Jeová.

Ei, Coração,
Não esconda o amor.
Não impeça o Senhor
De agir em teu favor!

Ame, Coração,
Diga sempre que sim.
Entregue-se até o fim.
Vença e cante pra mim!

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quinta-feira, 19 de junho de 2014

Pregue o evangelho (Marcos 16.15)

Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda a criatura, MArcos 16.15
Devocional de 19/06/2014.

E disse-lhes: “Vão pelo mundo todo e preguem o evangelho a todas as pessoas." (Marcos 16.15)

As palavras do Ressurreto não podem ser ignoradas: "Vão e preguem!" A luz não pode ficar escondida. A pergunta não pode ficar sem resposta. O aflito não pode ficar sem boa notícia.

"Ah, mas eu não sei falar!" - pensa o discípulo. Falar o quê? A pregação do evangelho tem que ser acompanhada é por sinais! Esqueça a argumentação. Ore pelas pessoas. Cure os enfermos. Pegue a serpente. Expulse os demônios. Nenhum veneno lhe fará mal!

Pregue para todas as pessoas. Cuidado para não fazer seleção. Não precisa estabelecer "público-alvo". Pobres, ricos, jovens, velhos, crianças, homens, mulheres, homossexuais, prostitutas, políticos, magistrados, empresários, executivos, indigentes, viciados, trabalhadores, desempregados, artistas, índios, estrangeiros, todos... Todos pecaram e estão carentes do amor de Deus... Todos necessitam da boa-nova: Jesus morreu para que tenhamos vida por meio dele!

Liberte-os! Derrame salvação! Transborde amor. Contagie com alegria. Anuncie a paz do Senhor. Seja paciente com eles. Demonstre gentileza. Seja bondoso. Mantenha-se fiel. Apascente com mansidão e domine-se. Produza o fruto do Espírito, mande embora os espíritos das trevas, cure os carentes com seu abraço e, se der tempo, diga alguma coisa boa. Isto é pregar o Evangelho!

Ai de mim se não pregar o evangelho! Ai de mim se me tornar apenas um religioso! Ai de mim se pregar somente o materialismo espiritualizado! Ai de mim se almejar o ajuntamento de pessoas à minha volta como se eu mesmo fosse a solução!

É preciso cumprir a ordem do Senhor. Todos devem conhecer quem é Jesus através da minha vida, através dos sinais que eu lhes fizer, e através das palavras das Escrituras. Sem oração não há poder. E sem poder não há pregação do evangelho. O que passa disso é religiosidade ou ajuntamento.

O que eu preciso é pregar a boa nova aos quebrantados, curar os carentes de coração, libertar os cativos, tirar as suas algemas, consolar os que choram, consolar os que estão de luto, perfumar os que estão tristes, vestir com louvor os angustiados e anunciar que o Reino de Deus chegou.

Deus, dá-nos teu poder!
Senhor, manda teu Espírito!
Nada somos sem ti..
Batiza-nos, Pai, e transforma-nos em instrumentos do teu amor
em Nome de Jesus.
Amém.

Graça e Paz!

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quarta-feira, 18 de junho de 2014

Não considere o que eles dizem (Marcos 5.36)

Não temas, não tenha medo, tão somente creia, palavras de apoio
Devocional de 18/06/2014.

Não fazendo caso do que eles disseram, Jesus disse ao dirigente da sinagoga: “Não tenha medo; tão somente creia” (Marcos 5.36).

Jairo era um homem de fé. O dirigente da sinagoga judaica tinha ouvido falar de quantas pessoas Jesus havia curado, e não hesitou em sair atrás dele e trazê-lo à sua casa, a fim de que sua querida filha fosse sarada.

Jesus aceitou o convite, mas o percurso foi demorado e com várias interrupções. Jairo, porém, manteve consigo a certeza de que conseguiria levaria Jesus a tempo de orar pela menina. Faltava pouco para chegarem ao local quando  seus parente chegaram e disseram: "Jairo, tarde demais... Já era! Não precisa incomodar o mestre. Sua filha se foi."

Jairo estava bem ao lado de Jesus. E por isso, antes mesmo que Jairo pudesse expressar qualquer reação, o Senhor lhe disse: "Não considere o que eles dizem, Jairo. Não tenha medo. Somente creia."

Que bom que Jairo não tinha voltado pra casa! Que bom que ele permaneceu firme ao lado de Jesus! Tudo muda quando Jesus está ao nosso lado até mesmo quando recebemos uma má notícia. Ele nos faz ver acima das circunstâncias. Jesus nos anima, nos dá segurança, abre os nossos olhos e renova a nossa esperança.

Quando Cristo está ao nosso lado más notícias são avaliadas de outra forma. As palavras realistas e verdadeiras dos mensageiros parentes de Jairo não continham nenhuma má intenção, mas não eram capazes de expressar qualquer manifestação de esperança, fé e amor. Jesus imediatamente mostrou a Jairo que ele não deveria dar crédito às informações realistas e frias da situação que lhe era colocada, mas ele deveria simplesmente crer no poder de Deus, sem dúvidas e sem temores.

Quantas vezes você e eu somos confrontados com palavras verdadeiras, duras, objetivas e frias que embora não contenham más intenções por parte de quem as expressa, são vazias de amor, ausentes de esperança ou fé e descomprometidas com a reação que vamos ter? Quantas vezes nossos parentes, amigo, cônjuges, pais, filhos, chefes, colegas e até mesmo nossos pastores e discipuladores perdem a oportunidade de nos incentivar e nos motivar em Deus, de nos levar à fé no Deus do impossível, de nos mostrar o caminho da esperança, de estar ao nosso lado custe o que custar?

Quantas vezes encaramos sozinhos os desafios e as dificuldades da vida, e as pessoas que estão conosco em momentos alegres simplesmente desaparecem ou se comportam como se não nos fossem tão próximas? É nas horas mais difíceis que o amigo se torna um irmão. É na dor e na dificuldade que conhecemos o amor.

Se não estivermos ao lado de Jesus no momento da má notícia, é bem provável que não haja ninguém para nos animar e nos aumentar a fé. Se não sairmos de perto do problema e corrermos até a presença de Jesus para levá-lo aonde o nosso problema está, é bem possível que não tenhamos fé suficiente para encarar o problema como uma oportunidade de vitória, de crescimento pessoal e de glória para Deus. É preciso estar em comunhão com Deus antes que o problema ocorra, para que quando ele vier tenhamos a paz e a esperança necessárias.

A sabedoria e o amor ao próximo devem estar presentes em nós a ponto também de nos capacitar a sermos os portadores da esperança e das palavras de bom ânimo quando as dificuldades vierem sobre as pessoas à nossa volta. Não devemos ser vazios e realistas como os parentes de Jairo. Devemos estar cheios do Espírito Santo para que levemos alegria onde houver tristeza, liberdade onde houver prisão, esperança onde houver dúvida, motivação onde houver desafio.

Se somos discípulos de Jesus, nossas palavras devem ser como as palavras dele. Se estivermos ao lado de alguém e conseguirmos perceber que esta pessoa tem uma oportunidade de crescer, melhorar, reconciliar-se com outra pessoa, vencer um desafio ou mesmo encarar uma temeridade, temos que agir com ousadia e fé superior, dadas pelo Espírito Santo de Deus. As pessoas que precisam de Cristo são na verdade pessoas que precisam de nós. O cristão é aquele que tem Cristo dentro de si e permite que este Cristo se manifeste nos momentos cruciais.

Somente o contato frequente com a Palavra de Deus pode fazer com que tenhamos um comportamento cheio de fé nos momentos importantes. Quem dá ouvidos à Palavra de Deus é capaz de não levar em conta as palavras do homem. Que Deus nos dê o privilégio de viver assim!

Graça e Paz!

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terça-feira, 17 de junho de 2014

Pare de se justificar (Marcos 2.17)

Marcos 2.17, Pare de se justificar, enquanto Jesus for apenas uma frase


Devocional de 17/06/2014.

Ouvindo isso, Jesus lhes disse: “Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os doentes. Eu não vim para chamar justos, mas pecadores” (Marcos 2.17).

Pare de se justificar!
Não é por nossos méritos que alcançamos o favor de Deus.
Ele nos aceita como somos por causa da sua infinita misericórdia.
O amor do Senhor é inexplicável, maior do que o amor de mãe.

Pare de se justificar!
Não precisamos convencer ninguém a respeito de nossa justiça, pois não a temos.
O Senhor é a nossa justiça porque Cristo se entregou por nós.
Sem o seu perdão nós estaríamos condenados ao fogo eterno.

Pare de se justificar!
Temos que reconhecer a nossa incapacidade e a nossa inutilidade pessoal.
Sem Jesus não sabemos o caminho e não conhecemos a verdade.
É somente em Cristo que temos vida.

Pare de se justificar!
Nenhum de nós pode se considerar superior a ninguém.
Somos seguidores de Cristo somente porque ele nos sarou e perdoou.
O médico dos médicos nos doou seu próprio sangue e por isso estamos de pé.

Pare de se justificar!
Não somos seguidores aprovados, mas pecadores perdoados.
Quando nenhuma esperança havia, o Senhor se compadeceu e nos amou.
Ele nos tirou das trevas e nos trouxe ao reino de luz.

Pare de se justificar!
Se alguma coisa boa temos, é fruto do Espírito de Deus.
Toda virtude opera em nós quando nos colocamos nas mãos do Senhor.
Não é nosso o mérito pela salvação de quem quer que seja.

Pare de se justificar!
Toda honra, glória e louvor pertencem ao nosso Deus e ao Cordeiro.
Porque dele, por ele e para ele são todas as coisas.
Não merecemos o seu favor, ele simplesmente nos amou e nos chamou de filhos.

Graça e Paz!

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segunda-feira, 16 de junho de 2014

Eu, fariseu? (Mateus 23.13)

não entram e não deixam entrar, malditos
Devocional de 16/06/2014.
Continuação da mensagem ministrada à Igreja Batista Central do Barreiro em 15/06/2014.

“Ai de vocês, mestres da lei e fariseus, hipócritas! Vocês fecham o Reino dos céus diante dos homens! Vocês mesmos não entram, nem deixam entrar aqueles que gostariam de fazê-lo." (Mateus 23.13)

Boa parte da mensagem que ministrei ontem à igreja não está no devocional anterior, que é o esboço da mensagem.

Espontaneamente, creio eu que levado a isto pelo Espírito Santo, completei a mensageiro citando o texto de Mateus 23.13, que fala sobre o que acontece quando nós não exercemos o verdadeiro poder, não ligamos a vontade de Deus na terra conforme a chave que recebemos, mas agimos como os religiosos fariseus hipócritas, trancamos a porta do Reino dos céus, não entramos e nem deixamos que outras pessoas entrem.

Muitas vezes eu e você agimos como verdadeiros fariseus. Não oramos por ninguém, não intercedem os por nossa nação, nem por nossos governantes, nem por nossos líderes, não anunciamos as boas novas, não ajudamos ninguém, não visitamos os doentes, não ouvimos os aflitos, não disponibilizamos nosso tempo, não cuidamos dos que sofrem, não convidamos nossos vizinhos e amigos para nossa igreja ou célula, não praticamos a justiça que precisa ser feita... Vivemos nossas vidas como se fôssemos pessoas comuns, mas com aparência de religiosidade.

Temos o poder do Espírito Santo em nós, mas o apagamos, produzindo as obras da carne ao invés de gerarmos o fruto do Espírito. Não amamos, não pacificamos, não alegramos, não temos paciência, não somos gentis, não somos bondosos, não nos mantemos fiéis, não somos mansos nem exercemos o domínio próprio. Vivemos uma vida muito pouco parecida com a vida de Cristo.

Ao invés de vivermos como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, conforme cita o Salmo 1, somos semelhantes à árvore que Jesus amaldiçoou por não encontrar nela fruto algum. Esquecemos que o machado está à raiz, pronto para cortar e lançar ao fogo toda árvore que não produzir fruto.

Mas a longanimidade do nosso Deus nos traz esta palavra de confronto para que nos transformem os e o busquemos de verdade. O verdadeiro comprometimento com o evangelho e a atitude de fé deve nos levantar e nos fazer novas criaturas. O amor à oração e à palavra de Deus nos mostram que Deus é misericordioso r nos permite ainda voltar para ele e fazer tudo diferente. Profetizam os então que o Reino de Deus chegou e vamos vivê-lo. Grandes coisas estão por vir. Grandes coisas vão acontecer neste lugar!

O Poderoso Senhor dos Exércitos já tem levantado alguns de nós como exemplos de uma fé prática e verdadeira. Gente que faz tem sido exemplo  nosso meio. Pessoas que visitam hospitais e levam a salvação como a turma de capelania que formamos nesta semana. Gente que abre mão de sua juventude e está servindo em missões no Espírito Santo, na Alemanha e em outros lugares. Pessoas que passaram o domingo servindo almoço para miseráveis vendedores de corpos na Guaicurus. Jovens que têm passado a noite e o dia 24 horas junto com irmãos de mais de 30 igrejas de BH na mesma Guaicurus durante os 31 dias da Copa, clamando por Liberdade para o Brasil, transformação de vidas, derramamento do Espírito sobre a Igreja, Vida de Deus para as nações. Gente pequena e pecadora como nós, que nos inspira a servir melhor este Deus tão maravilhoso.

Que você e eu possamos nos levantar também com ousadia nesses dias, e noa entregaremos verdadeiramente nas mãos do Senhor, para que o Reino de Deus seja estabelecido e vidas sejam transformadas.

Graça e Paz!

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domingo, 15 de junho de 2014

O verdadeiro poder (Mateus 18.18)

autoridade espiritual, poder da oração, poder da intercessão, poder da fé
Devocional de 15/06/2014.
Palavra ministrada à Igreja Batista Central do Barreiro em 15/06/2014, na reunião das 19h00.

“Digo a verdade: Tudo o que vocês ligarem na terra terá sido ligado no céu, e tudo o que vocês desligarem na terra terá sido desligado no céu." (Mateus 18.18)

A chave do Reino foi dada aos discípulos de Cristo. Temos a autoridade do Nome de Jesus, o Filho de Deus, e por meio dele temos o compromisso de Deus com qualquer coisa que pedirmos.

A Palavra de Deus afirma também:
        
"Os mais altos céus pertencem ao Senhor, mas a terra, ele a confiou ao homem" (Salmo 115.16).

Deus os abençoou e lhes disse: “Sejam férteis e multipliquem-se! Encham e subjuguem a terra! Dominem sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todos os animais que se movem pela terra”. (Gênesis 1.28)

Isso mostra que Deus de fato criou o homem e desde o princípio deu a ele o poder de governar a terra. Mas o texto de Mateus 18.18 vai além. A chave que abre e fecha as coisas naturais, em Cristo, passam a abrir e fechar também as coisas espirituais. Quando Deus se fez homem e venceu, deu ao homem autoridade também sobre as potestades e principados do mundo espiritual, através do nome de Jesus.

O que temos ligado e desligado na terra e no céu? Como temos exercido o poder da oração? Ou temos agido somente como pessoas naturais e ignorado a chave recebida?

Penso que na maior parte do tempo, nós cristãos vivemos distantes do sobrenatural, porque não andamos em comunhão com Deus. O Espírito Santo nos foi dado e habita em nós, mas ainda agimos muito mais pela nossa própria mente carnal do que pelo poder do Espírito. E a prova disso é o fruto que produzimos.

Por que não exercemos o poder e a força que temos em Cristo? Por que vivemos ainda como pessoas desse mundo? Por que não oramos e conquistamos em nome do Senhor dos Exércitos? Por que não andamos no Espírito? Por que não imitamos Jesus e, indo por todo o mundo, anunciamos a boa nova da salvação enquanto ministrados cura, libertação e perdão? Por que estamos mais preocupados em conquistar coisas materiais do que espirituais?

Certamente o pecado está no seio da resposta a estas perguntas. O amor ao dinheiro, o egoísmo, a vaidade, o orgulho e a incredulidade ainda nos dominam na maior parte do tempo, e por isso ainda somos muito mais parecidos com Adão do que com Jesus. De quem somos discípulos? Note que faço uso da segunda pessoa do plural porque me incluo nisso.

É tempo de declarar que o Reino dos céus chegou em nossa vida e transformar a situação. Chegou a hora de deixarmos de ser crianças e nos tornarmos pessoas espirituais à imagem e semelhança de nosso Senhor Jesus Cristo. Precisamos nos arrepender, crer e nos dedicarmos de verdade ao Reino de Deus e à sua justiça. Temos que mexer na nossa agenda e colocar a oração e a Palavra de Deus em primeiro lugar. Temos que abrir mão de nossa própria vida, tomar a nossa cruz e seguir Cristo como a mais importante e única coisa a se fazer, crendo que as demais coisas nos serão acrescentadas.

É tempo de cada um de nós se ligar e também ligar na terra e no céu toda a vontade de Deus. É tempo de fazer diferença e de ser, como Zorobabel, o anel de selar do Senhor (Ageu 2.23), trazendo luz para este mundo tenebroso e sabor para esta terra sem sal.

Que o Senhor tenha misericórdia de nós e nos permita andar no Espírito, e exercer assim o verdadeiro poder que nos foi dado, ligando na terra e no céu tudo aquilo que glorifica a Deus, e desligando na terra e no céu toda injustiça, opressão, pecado e obra das trevas. Em nome de Jesus!

Graça e Paz!

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sábado, 14 de junho de 2014

Dizer x Fazer (Mateus 7.21)

nem todo o que me diz Senhor Senhor, fruto, produzir
Devocional de 14/06/2014.

“Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor, Senhor’, entrará no Reino dos céus, mas apenas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus." (Mateus 7.21)

Não basta dizer que Jesus é o Senhor. É preciso fazer a vontade de Deus. Enquanto uma multidão afirma ter fé em Cristo, poucos são os que renunciam a si mesmos, tomam suas cruzes e andam pelo caminho estreito.

Assim como nem tudo o que reluz é ouro, nem todo aquele que utiliza linguagem evangélica é discípulo de Cristo. Religiosidade nem sempre é sinônimo de salvação. Sacrificar nem sempre significa obedecer. Nem todos os que buscam a Deus estão buscando o Reino de Deus e a sua justiça.

As palavras de Jesus são claras: Somente entrarão no Reino dos céus aqueles que fizerem a vontade do Pai, que está nos céus. A nossa oração deve ser: "Pai nosso que estás nos céus, que a tua vontade seja feita aqui na terra assim como ela é feita nos céus". Existimos com esta finalidade: fazer a vontade de Deus. Esta deve ser a nossa comida e a nossa bebida. Fazer a vontade do Pai é a característica que define as pessoas da família de Cristo.

Então, o que significa fazer a vontade do Pai? O que devemos fazer?
"Amem-se uns aos outros! Produzam frutos dignos que mostrem o arrependimento!"

A Palavra de Deus é consistente do início ao fim. O que Deus espera de nós é amor, alegria, paz, paciência, gentileza, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. Toda a lei se resume em amor a Deus com toda a força, alma e entendimento e em amor ao próximo como a si mesmo. Misericórdia, justiça e retidão de caráter são as virtudes que Deus quer ver em nós.

O falatório inútil no evangeliquês cheio de clichês sem obras de amor pouco contribui para a realização da vontade de Deus. A cantoria frenética e os olhos fechados sem atos de justiça pouco colaboram para a vinda do Reino dos céus sobre a terra. A simples aglomeração em templos suntuosos não nos qualifica automaticamente como família de Cristo. Nem mesmo a realização de milagres, o exorcismo de demônios e a cura de enfermos significam a aprovação do Pai em relação ao que estamos vivendo. Deus pode, se quiser, usar uma mula ou até fazer com que do nada uma mão apareça e comece a escrever na parede. Ser usado não significa ser aprovado. Sem amor, não passamos de um sino retumbante. O que a gente faz fala muito mais do que o que a gente diz.

Fazer é muito mais importante do que dizer. Precisamos ampliar a visão e as aspirações dos jovens cristãos em nossos dias. Ao invés de desejar ser apenas cantores ou mesmo "adoradores", é preciso inspirá-los a se tornarem embaixadores do Reino dos céus, gente que faz, homens e mulheres que dediquem suas vidas para transformar realidades, transformar pecadores em santos, temperar a terra, iluminar o mundo.

Discípulos de Cristo são aqueles que fazem com que o Reino dos céus seja estabelecido, levando solução aos problemas do mundo através do amor de Cristo. Quando Jesus Cristo se torna de fato "Senhor" sobre a vida de alguém, a vontade do Pai é cumprida naquela vida. Este é o GOL, a meta que precisa ser alcançada.

Evangelizar não significa criar novos adeptos para um grupo religioso. Nosso alvo precisa ser a formação de discípulos para Cristo, pessoas que amem fazer a vontade do Senhor, ainda que abdicando de suas próprias vontades. E isso deve ser feito trazendo justiça e amor ao mundo no qual vivemos, influenciando para o bem, denunciando e combatendo a iniquidade, ao invés de se criar um subgrupo alienado desejoso de escapar deste mundo mal.

É claro que o desafio de de fazer mais do que dizer é o desafio divino para todos nós. Em uma avaliação honesta, considero que eu mesmo falo muito mais do que faço. Assumo a dificuldade e a necessidade de mudar. Este desafio é para mim também. Peço a Deus que me leve a produzir frutos e não apenas falar sobre eles. Encorajo você a me acompanhar neste desafio.

Que Deus nos dê graça e assim possamos fazer a vontade do Pai, e não apenas dizer palavras religiosas.

Graça e Paz!

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