sábado, 28 de junho de 2014

Quatro coisas essenciais (Atos 2.42)

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Devocional de 28/06/2014.

"Eles se dedicavam ao ensino dos apóstolos e à comunhão, ao partir do pão e às orações." (Atos 2.42)

Não quero repetir o que milhares de pregadores já disseram sobre este texto - talvez o mais badalado das últimas décadas na igreja evangélica. Mas também não posso me omitir em relação a ele, devido à sua importância. Por isso, faço esta pequena reflexão simples e objetiva, focada naquilo que acredito que poucos têm coragem de dizer.

Diferente de nós, os seguidores de Jesus entenderam o que Deus esperava deles. Por isso eles não se dedicavam ao bem-estar, ao enriquecimento e à obtenção de fama e poder. Eles se dedicavam a quatro coisas essenciais:
- ao ensino dos apóstolos
- à comunhão
- ao partir do pão e 
- às orações.

Vamos a elas:

1) Ensino dos apóstolos

Quando a Bíblia diz que eles se dedicavam ao ensino dos apóstolos, eu entendo que eles diariamente buscavam entender o que as Escrituras falavam a respeito do Reino de Deus, a visualizar o cumprimento das profecias na vida de Cristo Jesus e a colocar em prática nas suas próprias vidas os mandamentos que ele nos deixou. 

Não consigo imaginá-los sentados em templos ou sinagogas ouvindo passivamente uma palestra empolgante a cerca dos 7 segredos do sucesso ou dos 4 passos para um casamento feliz. Acredito que o ensino dos apóstolos era algo capaz de provocar reações extremas na vida das pessoas: imundos queriam se limpar, dominados por espíritos opressores vinham para se libertar, pecadores recebiam perdão e enfermos se apropriavam da cura, ao mesmo tempo em que religiosos se escandalizavam, intelectuais debochavam, poderosos buscavam meios de tirar algum proveito e famílias inteiras entravam em grande conflito, divididas entre os que queriam esta nova vida e os que duvidavam daquela gente simples e fanática.

Os que escolhiam seguir o Caminho, dedicavam-se ao ensino dos apóstolos porque tinham grande necessidade de defender a fé que abraçaram e ainda convencer seus familiares e amigos a respeito dela, sem dar margem a interpretações agnósticas ou legalistas, que já invadiam os debates. O Evangelho precisava ser vivenciado e apresentado de forma prática e clara, através de sinais e maravilhas, demonstrando que Jesus é o Cristo, e que ele continuava operando através daqueles que nele criam.

Se quisermos seguir o Caminho, nós também temos que nos dedicar ao ensino dos apóstolos nos dias de hoje. Isto pode significar aplicar a dura mensagem genuína da cruz, de confronto aos confortáveis e amor aos pecadores, ao invés de encher os templos ao adaptar uma melosa pregação de prosperidade aos corações materialistas. Que Deus tenha misericórdia de nós!

2) Comunhão

Lucas nos mostra que eles se dedicavam à comunhão de tal maneira que tinham tudo em comum. Para que não houvesse necessidade alguma entre eles, eram capazes de vender tudo o que tinham e entregar aos apóstolos (e depois aos diáconos) a fim de que estes fizessem a distribuição entre todos.

Apesar de todos os bens serem entregues aos apóstolos, diferente de muitos bispos de hoje, eles mesmo assim não tinham ouro nem prata. O pedinte da escadaria do templo não recebeu um centavo sequer, mas recebeu o que de melhor eles tinham: o poder de Deus. O sentido maior da comunhão estava em dar, dar, dar e dar. Nada era retido. Ninguém guardava para depois. Ninguém pensava em tirar proveito da situação, exceto Ananias e Safira, que receberam o devido castigo por isso.

Eles repartiam bens, repartiam poder, repartiam corações, repartiam abraços... Viviam a Festa do Amor! Imagino que não havia espaço para segundas intenções entre eles. Politicagem religiosa, busca por cargos e títulos, aspirações por reconhecimento, não vejo isso... Não consigo sequer imaginar que os Doze tivessem assentos especiais à frente ou que subissem a um púlpito elevado para falar aos demais. Não os imagino vestindo roupas especiais, nem os ternos de seus dias. Penso que o foco era dar abrigo aos leprosos da região, dar carinho às crianças e mulheres que sofriam violência, garantir sustento aos órfãos e as viúvas. Acredito que a comunhão à qual se dedicavam era um bate-papo intenso sobre os problemas que enfrentavam, e a causa dos mais fracos era assumida como causa de todos.

Aquilo que a igreja de nossos dias muitas vezes chama de comunhão eu penso que é, no máximo, uma boa amizade, mas amplamente selecionada e limitada àquilo que é interesse comum, uma vez que é raro alguém assumir a causa de outro se a causa não for a priori sua também. A mudança cultural necessária até chegarmos ao que a Bíblia chama de dedicação à comunhão é profunda. Só Deus pode gerar essa transformação em nós!

3) Partir do Pão

A celebração da Santa Ceia está implícita neste texto. Além das refeições compartilhadas e de toda ação social já explicada acima, os primeiros discípulos se dedicavam ao ensino do Reino de Deus em toda oportunidade de alimentação. Mais do que agradecer a Deus pelo pão, eles certamente faziam de cada refeição um momento especial para ensinar aos filhos, vizinhos, amigos e parentes que Cristo morreu na cruz em nosso lugar.

Não era no "culto" ou no "estudo bíblico" que eles falavam do Evangelho. A maior oportunidade para pregar o Evangelho era na hora da refeição. Não era necessário "levar alguém à igreja" a fim de que a pessoa se comovesse através de uma multidão frenética a cantar ou de um pregador mirabolante a conquistar com palavras bonitas. A mensagem da Cruz era explicada enquanto se comia. Cada vez que se partia um pedaço pão, o cristão explicava aos demais que Cristo foi partido por nós, e que pelas suas feridas, somos sarados. 

Hoje engolimos sem pensar o alimento que tantas vezes o Mestre usou para ensinar. Comemos correndo, assistindo TV, trabalhando, engolimos algo enquanto andamos, e perdemos grandes oportunidades de evangelizar. Que Deus nos permita recuperar esta estratégia divina que a igreja primitiva usava para pregar o Evangelho com simplicidade e praticidade, todos os dias, algumas vezes, por todos e para todos.

4) Orações

Os discípulos se dedicavam às orações. Não deve ser à toa que o termo esteja no plural. Certamente oravam muito. Adoravam a Deus por quem ele é. Louvavam-no por seus feitos gloriosos. Clamavam pelas necessidades pessoais e de seus amigos. Intercediam pelos pastores e também pelos governantes. Clamavam por justiça. Pediam perdão pelos pecados próprios e da comunidade. Choravam pela maldade. Profetizavam a vitória. Oravam a Palavra. Anunciavam a chegada do Reino de Deus.

Não consigo imaginar que houvesse um grupinho ou ministério de intercessão. Dedicar-se à oração era tão importante que os Doze decidiram eleger outros Sete para arrecadar distribuir alimento entre os necessitados, a fim de que pudessem se dedicar à pregação da palavra e às orações. Isso não poderia ser delegado. 

Hoje muitas vezes precisamos criar cultos de oração para que não fiquemos sem orar. Pregamos sobre oração, falamos de oração, fazemos congressos sobre oração, mas a oração em muitos casos não passa de pequenos momentos. São muitos os cristãos que não conseguem orar. E é preciso entender que as orações comunitárias direcionadas a todos, na maioria das vezes em forma de canções, não se transformam automaticamente em orações para muitos... Se a pessoa estiver triste, ou precisando confessar pecados, ou clamar por um familiar doente, por exemplo, nem sempre consegue orar em meio aos louvores congregacionais escolhidos muitas vezes com base na beleza da melodia da música, da harmonia da banda ou da adaptação da voz que canta ao microfone.

Precisamos criar em nossa agenda de vida e também em nossa liturgia de culto tempos específicos para orações. Grande avivamento virá quando fizermos isso. Que Deus nos permita esta transformação!



Enfim... Que possamos nos transformar, e nos dedicar ao ensino dos apóstolos, à comunhão, ao partir do pão e às orações, como faziam os primeiros cristãos.

Graça e Paz!

blogdopastortulio.blogspot.com.br


3 comentários:

  1. In nomine dei nostri Satanas Lucifer excels.

    Em nome de Satã, o soberano da Terra, o rei do mundo, eu comando as forças das trevas para conferir o seu poder infernal sobre mim.

    Abram totalmente os portões do inferno e venham diante do abismo para me saudar como irmão e amigo.

    Concedam-me as indulgências de que falo.

    Eu aceitei o seu nome como parte de mim. Eu favoreço o justo e amaldiçoo o corrrupto.

    Por todos os Deuses do Inferno eo ordeno que todas essas coisas que falo venham a se realizar. Venham adiante e respondam seus nomes pela manifestação dos seus desejos.

    Mestre das ciências malditas, velai por nós.

    Príncipe imenso dos espaços infinitos, matéria e espírito, razão e força, nós vos adoramos.

    Satã esteja conosco, Ethan.

    E com seu espírito, Ethan

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    1. Que Jesus tenha misericórdia de sua alma, anonimo! Jesus veio ao mundo para desfazer as obras do diabo e libertar as almas do dominio de satanás; porém, infelizmente existe pessoas como você que rejeita a salvação propiciada por Cristo na cruz e despreza o sangue de Cristo derramado no calvário por sua causa. O fim do caminho que você está seguindo não preciso nem te dizer que você já sabe né : INFERNO, LUGAR DE TORMENTO ETERNO PREPARADO PARA O DIABO E SEUS ANJOS(DEMONIOS) E PARA TODO AQUELES QUE REJEITAREM A GRAÇA SALVADORA DE JEOVÁ. ESPERO QUE VOCÊ SE ARREPENDA ENQUANTO É TEMPO.

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  2. Temos que ser imitaores de Cristo, para chegarmos ao céu.

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