“Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor, Senhor’, entrará no Reino dos céus, mas apenas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus." (Mateus 7.21)
Não basta dizer que Jesus é o Senhor. É preciso fazer a vontade de Deus. Enquanto uma multidão afirma ter fé em Cristo, poucos são os que renunciam a si mesmos, tomam suas cruzes e andam pelo caminho estreito.
Assim como nem tudo o que reluz é ouro, nem todo aquele que utiliza linguagem evangélica é discípulo de Cristo. Religiosidade nem sempre é sinônimo de salvação. Sacrificar nem sempre significa obedecer. Nem todos os que buscam a Deus estão buscando o Reino de Deus e a sua justiça.
As palavras de Jesus são claras: Somente entrarão no Reino dos céus aqueles que fizerem a vontade do Pai, que está nos céus. A nossa oração deve ser: "Pai nosso que estás nos céus, que a tua vontade seja feita aqui na terra assim como ela é feita nos céus". Existimos com esta finalidade: fazer a vontade de Deus. Esta deve ser a nossa comida e a nossa bebida. Fazer a vontade do Pai é a característica que define as pessoas da família de Cristo.
Então, o que significa fazer a vontade do Pai? O que devemos fazer?
"Amem-se uns aos outros! Produzam frutos dignos que mostrem o arrependimento!"
A Palavra de Deus é consistente do início ao fim. O que Deus espera de nós é amor, alegria, paz, paciência, gentileza, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. Toda a lei se resume em amor a Deus com toda a força, alma e entendimento e em amor ao próximo como a si mesmo. Misericórdia, justiça e retidão de caráter são as virtudes que Deus quer ver em nós.
O falatório inútil no evangeliquês cheio de clichês sem obras de amor pouco contribui para a realização da vontade de Deus. A cantoria frenética e os olhos fechados sem atos de justiça pouco colaboram para a vinda do Reino dos céus sobre a terra. A simples aglomeração em templos suntuosos não nos qualifica automaticamente como família de Cristo. Nem mesmo a realização de milagres, o exorcismo de demônios e a cura de enfermos significam a aprovação do Pai em relação ao que estamos vivendo. Deus pode, se quiser, usar uma mula ou até fazer com que do nada uma mão apareça e comece a escrever na parede. Ser usado não significa ser aprovado. Sem amor, não passamos de um sino retumbante. O que a gente faz fala muito mais do que o que a gente diz.
Fazer é muito mais importante do que dizer. Precisamos ampliar a visão e as aspirações dos jovens cristãos em nossos dias. Ao invés de desejar ser apenas cantores ou mesmo "adoradores", é preciso inspirá-los a se tornarem embaixadores do Reino dos céus, gente que faz, homens e mulheres que dediquem suas vidas para transformar realidades, transformar pecadores em santos, temperar a terra, iluminar o mundo.
Discípulos de Cristo são aqueles que fazem com que o Reino dos céus seja estabelecido, levando solução aos problemas do mundo através do amor de Cristo. Quando Jesus Cristo se torna de fato "Senhor" sobre a vida de alguém, a vontade do Pai é cumprida naquela vida. Este é o GOL, a meta que precisa ser alcançada.
Evangelizar não significa criar novos adeptos para um grupo religioso. Nosso alvo precisa ser a formação de discípulos para Cristo, pessoas que amem fazer a vontade do Senhor, ainda que abdicando de suas próprias vontades. E isso deve ser feito trazendo justiça e amor ao mundo no qual vivemos, influenciando para o bem, denunciando e combatendo a iniquidade, ao invés de se criar um subgrupo alienado desejoso de escapar deste mundo mal.
É claro que o desafio de de fazer mais do que dizer é o desafio divino para todos nós. Em uma avaliação honesta, considero que eu mesmo falo muito mais do que faço. Assumo a dificuldade e a necessidade de mudar. Este desafio é para mim também. Peço a Deus que me leve a produzir frutos e não apenas falar sobre eles. Encorajo você a me acompanhar neste desafio.
Que Deus nos dê graça e assim possamos fazer a vontade do Pai, e não apenas dizer palavras religiosas.
Graça e Paz!
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