sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Como pude ser tão egoísta? (Gênesis 41.9)


Copeiro-mor Copeiro do Rei Chefe dos Copeiros José do Egito

Devocional de 07/01/2014.

O que o chefe dos copeiros deve ter dito ao Faraó?
Deixei minha mente imaginar...

"Quando fui lançado na prisão junto com o chefe dos padeiros, eu, o chefe dos copeiros, me sentia injustiçado. Eu era inocente. Por que estava ali?

Foi na prisão que eu conheci José, o Hebreu, que também era inocente, e com simpatia e atenção conquistou a confiança de todos, inclusive conquistou a absoluta confiança do carcereiro, a quem auxiliava. 

Esse hebreu tinha um dom de interpretação de sonhos como jamais se viu. Três dias antes de minha libertação, ele revelou a todos ali que a justiça estava por vir, como de fato se sucedeu, quando a verdade veio à tona e Faraó finalmente compreendeu que o chefe dos padeiros era o único responsável pelo acontecido.

Foi incrível a forma como os dois sonhos - o meu e o do chefe dos padeiros - foram interpretados e cumpridos tão fiemente. Será que esse hebreu sabia do que havia sucedido? Impossível. Além do mais, como poderia saber do que ainda viria a acontecer e por decisão do próprio Faraó? Impossível também. E mais que isso... Não foi esse José que teve o sonho, o sonho veio de mim mesmo, e do chefe dos padeiros, e ao mesmo tempo... Isso só poderia ser algo vindo dos deuses... Pelo menos do Senhor Javé, o Deus de seus pais Abraão, Isaque e Jacó, que ele alega ser o único e verdadeiro Deus... É estranho, mas a meu ver esse hebreu tem mesmo a bênção divina!

Eu fiquei tão feliz com a minha libertação e volta ao cargo de confiança... Fiquei tão satisfeito com a justiça realizada por Faraó e com a punição dada ao chefe dos padeiros, que nada mais decidi fazer senão ser grato ao Faraó e passar a servi-lo com ainda mais apreço... Eu proibi minha mente de sequer se lembrar daqueles dias terríveis na prisão...

Mas eis que hoje o Faraó precisa mais do que uma boa taça de vinho... Preciso servi-lo com toda a minha dedicação e lealdade... Preciso ajudá-lo a interpretar esses sonhos que tanto lhe afligem! Todo o Egito clama pela manifestação de um abençoado, que elimine a angústia de Faraó ao lhe revelar o que significam essas vacas e essas espigas... 

Eu não sou sábio, não sou adivinho, nem mágico, nunca interpretei sonho algum nem sei resolver este problema, mas eu sei quem pode resolver! Conheço alguém que pode salvar o Egito! Ah... Aquele hebreu chamado José... Se ele tão corretamente interpretou o meu sonho e o sonho do padeiro, certamente fará o mesmo por Faraó!

Como pude me esquecer desse profeta que me revelou a justiça e disse a verdade? Como pude deixá-lo na mão e não interceder por ele tão logo voltei ao palácio? Como pude ser tão egoísta? Quando vivi meus piores dias, lá estava ele... Ele me serviu, me animou, me inspirou, cuidou de mim como um pai cuida de um filho... Mas eu, ao contrário, só lhe virei as costas...

Oxalá ainda viva José! E que o Faraó não me castigue por ter cometido tão grave falta contra este homem! Hoje me lembro de minhas faltas e aqui confesso minha ofensa, arrependido. Hoje compreendo que o Deus de José permitiu que eu fosse injustamente lançado naquela prisão somente para que, no dia de hoje, a justiça se cumprisse também para este homem. Que Faraó não somente o ouça, mas também o liberte e o honre, pois os céus se movem em favor dele. Este é o meu pedido.

Vida longa ao Faraó e Prosperidade ao Grande Egito!"

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