domingo, 16 de março de 2014

Meu advogado me defende (Jó 16.19-21)


defende a causa, revelação a Jó, salvação, sofrimento
Devocional de 16/03/2014.

"Saibam que agora mesmo a minha testemunha está nos céus; nas alturas está o meu advogado. O meu intercessor é meu amigo, quando diante de Deus correm lágrimas dos meus olhos; ele defende a causa do homem perante Deus, como quem defende a causa de um amigo" (Jó 16.19-21).

Antológico! Jesus na veia! Que incrível revelação Jó nos traz a respeito do nosso Senhor Jesus tantos anos antes de sua vinda... Isto mostra o que o ápice do sofrimento é capaz de produzir no ser humano.

Minha mente corre para Romanos 5.3-4 que diz que "Não só isso, mas também nos gloriamos nas tribulações, porque sabemos que a tribulação produz perseverança; a perseverança, um caráter aprovado; e o caráter aprovado, esperança" e para Tiago 1.3, que afirma que "Meus irmãos, considerem motivo de grande alegria o fato de passarem por diversas provações, pois vocês sabem que a prova da sua fé produz perseverança", além de outros textos de Paulo e Pedro sobre esperança na provação. Quando leio Jó com esta perspectiva, entendo que, de fato, Deus não estava apenas brincando com Jó e o experimentando quando permitiu que ele passasse por tanto perda e dor. Ele estava cumprindo um propósito maior, que era o de revelar Cristo a Jó. Para isto, foi necessário permitir sofrimento e angústia, para que a esperança despertasse e com ela a revelação do Advogado Amigo.

Muitos ainda hoje vasculham o livro de Jó com a mesma teologia sanguinária de Zofar, Bildade e Elifaz, perseguindo nas entrelinhas das palavras de Jó qual seria a "brecha" que ele teria dado a fim de que se permitisse que o diabo entrasse em sua vida. Tolice! Todo sofrimento que sobreveio a Jó era na verdade a única forma pela qual Deus poderia revelar a Salvação a ele.

Não é instantânea nem automática a compreensão de que o amigo Jesus, nosso justo advogado, defende a nossa causa diante do Pai (1 João 2.1). Ela depende da nossa compreensão a respeito de pecado (1 João 1.8-10). O sofrimento nos leva à reflexão e a reflexão nos leva à identificação e confissão de pecados. A confissão nos leva ao direito de justiça (1 João 1.9) e o direito de justiça nos leva à defesa da causa por um advogado. Jó corretamente se considerava justo, não por jamais ter pecado, mas por ter oferecido sacrifícios constantemente e assim se purificado dos pecados. Era por isso que ele corretamente não aceitava a acusação de pecado que seus amigos tentavam lhe atribuir. Ele era justo. Faltava Deus entender isto. Ele percebeu que necessitava de um intercessor, de um justo advogado amigo que pudesse defender a sua causa e levar Deus a lhe fazer justiça.

Tal como Jó, eu e você somos santos e justos diante de Deus. Em Cristo fomos santificados, justificados, lavados, curados, perdoados, aceitos por Deus através da intermediação de Cristo Jesus, o único mediador entre Deus e os homens (1 Timóteo 2.5). Se nos arrependemos de coração e confessamos a Jesus como Senhor, ninguém pode nos acusar. Se Deus é por nós, quem será contra nós? Mas isto foi conquistado mediante incrível sofrimento. Jesus sofreu como Jó, e foi mais longe do que Jó, pois além de udo Jesus morreu... e por isso se qualificou para nos salvar. Ele conquistou a justiça com sua morte. O Justo se deu pelos injustos, para que eles fossem tornados justos.

Você é mais que vencedor em Cristo. É justo que diante de Deus você reclame seu direito à salvação por meio do Advogado-Intercessor. Para que isto ocorra, você agora só precisa que este intercessor seja seu amigo, e te defenda como amigo, como Jó fez. Jesus não precisa vender seus serviços para ninguém, por isso só trabalha para seus amigos. Ele não defende ninguém por nenhuma recompensa. Ele só o faz por amor.

Como se tornar amigo de Jesus? Ele mesmo responde: "Vocês serão meus amigos, se fizerem o que eu lhes ordeno" (João 15.14). Não tem outro jeito. O senhorio de Cristo está no centro da salvação. O Senhor e o Salvador são um só. Ninguém pode fazer de Cristo o Salvador se não coroá-lo como Senhor. Que Deus te abençoe e te permita ser Seu servo, e consequentemente, Seu amigo (João 15.15). Pode ser que Ele deixe o sofrimento vir para reforçar o relacionamento e a amizade dEle. Mas Ele não vai permitir que nenhum de seus amigos de perca.

Deus te abençoe.

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